15 de dezembro de 2024
Economia • atualizado em 15/12/2024 às 17:31

Aprovadas pelo Senado, concessões da reforma tributária farão Brasil ter maior alíquota do mundo

O texto aprovado pela Câmara previa alíquota padrão de 27,97%, que superava a da Hungria. A tramitação no Senado elevou a alíquota em 0,58 ponto
Aprovada pelo Senado na quinta-feira (12), a proposta voltará a Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução
Aprovada pelo Senado na quinta-feira (12), a proposta voltará a Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução

Aprovadas pelo Senado na última quinta-feira (12), as concessões que entraram de última hora no projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária farão o Brasil ter a maior alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do planeta. O texto aprovado pela Câmara dos Deputados previa alíquota padrão de 27,97%, que superando a da Hungria. A tramitação no Senado elevou a alíquota em 0,58 ponto, chegando a 28,55%.

A alíquota da Hungria atualmente cobra 27% e lidera a cobrança desse tipo de tributo no mundo. Apresentado pelo relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), o cálculo de 28,55% é preliminar. O número poderá subir após o secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, apresentar os cálculos definitivos.

Apenas a inclusão do setor de saneamento na alíquota reduzida em 60% elevará a alíquota em 0,38 ponto percentual. “O governo está satisfeito com a aprovação do PLP 68, mas sempre ressaltando que o governo preferiria que houvesse menos exceções, mas isso faz parte da construção política”, afirmou Appy após o fim da votação no Senado.

Além do setor de água e esgoto, o Senado incluiu serviços funerários, medicamentos oncológicos e de doenças raras, remédios de manipulação e fraldas nas alíquotas reduzidas em 60%. Outros benefícios foram a ampliação do cashback, devolução parcial de tributos para a população mais pobre, para serviços de telecomunicações, a ampliação de descontos para o setor imobiliário e a criação de uma faixa de isenção de IVA para aluguéis.

Os cálculos foram realizados com base na premissa da reforma de não elevar a carga tributária (peso dos tributos sobre a economia). Para que a arrecadação dos tributos sobre o consumo continue em 12,45% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos), a soma das alíquotas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) deverá ficar na faixa estipulada pelo estudo.

Com informações da Agência Brasil


Leia mais sobre: / / / Política