A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começa a impactar diretamente o cenário político nacional. É o que mostra a pesquisa Latam Pulse de julho de 2025, divulgada nesta quinta-feira (31) pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. Segundo o estudo, o desempenho de Lula é hoje aprovado por 50,2% dos brasileiros, contra 49,7% que desaprovam sua gestão.
O levantamento indica que a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamado “tarifaço” fortaleceu sua imagem perante o eleitorado, influenciando positivamente sua aprovação popular. É a primeira vez desde maio que a aprovação supera numericamente a desaprovação, ainda que dentro da margem de erro de 1 ponto percentual. Na pesquisa anterior, feita em 13 de julho, os números eram de 49,7% de aprovação contra 50,3% de reprovação ou seja, uma oscilação de 0,5 ponto para cima na avaliação positiva e queda de 0,6 ponto na negativa.
Cenário eleitoral e comparação
O relatório também traz projeções para as eleições presidenciais de 2026. Em um cenário com os mesmos candidatos de 2022, Lula aparece com 47,8%, tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro que aparece com 44,2%. Em simulações de primeiro turno contra nomes como Caiado, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, Lula lidera com folga com 48,5%.
Quando comparado ao governo Bolsonaro, os entrevistados enxergam desempenho superior da atual gestão em áreas como combate à pobreza, políticas sociais, relações exteriores e educação. No entanto, a segurança pública e a condução da economia ainda são pontos em que parte do eleitorado considera o governo petista inferior à gestão anterior.
Metodologia
A pesquisa foi realizada pelo instituto AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg Línea e a Latam Pulse, com o objetivo de aferir a opinião pública nacional sobre o governo federal e o cenário político-eleitoral brasileiro.
O levantamento foi conduzido entre os dias 25 e 28 de julho de 2025, com a aplicação de 7.344 questionários distribuídos em todas as unidades da federação. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
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