23 de dezembro de 2024
Primeira queda

Após vídeo, Gonçalves Dias pede demissão do GSI e se torna primeiro ministro a deixar o governo

O ministro deixou o cargo no mesmo dia em que vídeos que estavam sob sigilo por fazerem parte de inquérito policial foram divulgados pela CNN
O agora ex-ministro teria dado suporte a invasores golpistas, de acordo com imagens divulgadas pela CNN (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
O agora ex-ministro teria dado suporte a invasores golpistas, de acordo com imagens divulgadas pela CNN (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

O general Gonçalves Dias pediu afastamento do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República nesta quarta-feira (19/04). Segundo a Secretaria de Comunicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já aceitou o pedido de demissão. O militar da reserva é o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.

O ministro deixou o cargo no mesmo dia em que vídeos que estavam sob sigilo por fazerem parte de inquérito policial foram divulgados pela CNN. As imagens mostram o general e outros funcionários da pasta dentro do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.

Em nota, o GSI esclareceu que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar o quarto e o terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após a chegada de reforços do pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, os golpistas foram presos.

“Quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, diz o gabinete, em nota.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República, também em nota, afirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.


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