22 de dezembro de 2024
Destaque 2 • atualizado em 14/03/2021 às 09:08

Após três anos do crime contra Marielle e Anderson, polícia ainda não chegou aos mandantes

Três anos depois do crime, a polícia ainda não chegou ao mandante. Foto: montagem.
Três anos depois do crime, a polícia ainda não chegou ao mandante. Foto: montagem.

Neste domingo (14) faz três anos que um atentado a tiros culminou nas mortes da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu na noite de 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, quando os dois saíram de um evento político.

Até o momento a Polícia Civil do Rio de Janeiro não conseguiu descobrir o mandante dos assassinatos. Estão presos o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Eles são acusados de envolvimento nos assassinatos e estão detidos num presídio federal à espera do julgamento.

Uma das possibilidades de chegar ao mandate do crime seria por uma delação premiada dos réus, já que as investigações da polícia não avançaram no que tange às novas descobertas. Com uma delação premiada, os réus poderiam conseguir uma redução da pena (sendo condenados), mas também precisam apresentar provas, somente uma acusação verbal não é suficiente para a justiça aceitar um suposto envolvimento de outras pessoas nos homicídios.

Além das mortes de Marielle e Anderson, a família e amigos da vereadora ainda enfrentam outro problema: mentiras espalhadas nas redes sociais contra a parlamentar. Logo depois do crime — horas depois –, várias publicações foram feitas afirmando que ela tinha ligação com facções criminosas do Rio de Janeiro e que ela teria sido morta por não ter cumprindo acordos com traficantes. A desembargadora Marília de Castro Neves chegou a publicar uma fake news contra Marielle afirmando que a vereadora “estava engajada com bandidos”.

“A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos. Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, disse a juíza.

A família entrou com uma ação de reparo contra a magistrada, porém ela foi absolvida pelo Superior Tribunal de Justiça, que concluiu que as retratações publicadas por ela na internet e em uma carta foram suficientes como pedido de perdão.

Marielle Franco e Anderson foram homenageados em vários países e o caso de ambos vem sendo acompanhado por todo mundo com o propósito de alcançar os mandantes do crime.


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