20 de outubro de 2024
ACIDENTE DOMÉSTICO

Após sofrer corte na nuca em queda no banheiro, Lula cancela ida ao Brics na Rússia

Equipe médica recomendou que presidente evite viagem longa; ele vai participar por videoconferência do encontro do Brics
Presidente cancelou viagem após acidente no Palácio da Alvorada - Foto: Ricardo Stuckert / PRE
Presidente cancelou viagem após acidente no Palácio da Alvorada - Foto: Ricardo Stuckert / PRE

Por recomendação médica, neste domingo (20) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua ida à Kazan, na Rússia, para participar da 16ª Cúpula de líderes do Brics. O presidente sofreu uma queda no banheiro da residência oficial no Palácio da Alvorada no sábado (19), quando bateu a cabeça, exigindo cinco pontos cirúrgicos no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.

A recomendação da equipe médica que atendeu o presidente novamente neste domingo para avaliação foi de, por precaução, evitar viagens de longa distância.

Conforme o boletim médico do hospital, o acidente não foi grave e o presidente “pode exercer suas demais atividades”. Lula sofreu um “ferimento corto-contuso em região occipital”, informou em nota o Sírio Libanês.

O presidente está sendo acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germogli, segundo a Agência Brasil. Lula foi orientado “a evitar viagens aéreas de longa distância, podendo exercer suas demais atividades”. O presidente segue sob acompanhamento da equipe médica.

Lula vai acompanhar encontro na Rússia à distância

O embarque para a Rússia seria às 17h deste domingo. A participação do presidente brasileiro será agora feita por videoconferência, informou a Presidência da República.

Será o primeiro encontro com os novos países-membros do bloco desde a admissão da Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes. A cúpula vai de 22 a 24 de outubro.

Apesar de não ter uma pauta específica, o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, disse que o tema principal do encontro deve ser a criação de um modelo de adesão aos Brics por parte dos chamados “países parceiros”. Uma categoria de participação sem as mesmas prerrogativas dos países-membros, com direitos plenos.

“É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria”, disse Saboia.

Oriente Médio

Entre os outros temas que deverão ser abordados no encontro estão a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além da análise dos relatórios do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) – comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff -, do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres.

O governo russo informou que 32 países confirmaram presença no evento, com a presença de 24 líderes de Estado. Dos dez países-membros do bloco, oito contarão com seus representantes máximos, com a exceção agora do presidente do Brasil e da Arábia Saudita, que enviará seu ministro de Relações Exteriores.

No encontro, deve ser anunciada também uma declaração cujo teor é o fortalecimento do multilateralismo para um “desenvolvimento global justo e seguro”.

A partir do próximo ano, o Brasil assumirá a presidência do Brics, que tem comando rotativo com mandatos de um ano.


Leia mais sobre: / / / Brasil / Política