O rompimento da barragem localizada na Fazenda São Lourenço das Guarirobas, em Pontalina, por volta das 10h deste sábado (04/01) vem causando uma série de prejuízos na cidade e na região que já tem a GO-040 interditada, com casas e ruas atingidas e diversos moradores sem terem onde dormir. A Prefeitura de Pontalina já emitiu uma nota dizendo que o ‘importante’ agora é que “evacuem os locais próximos a essas áreas para evitar acidentes”. O Governo de Goiás ao menos tem se intencionado à dirimir para que os prejuízos se acentuem.
De forma imediata, o governador Ronaldo Caiado determinou que as forças de Segurança Pública, assim como a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), se mobilizassem para evitar que os danos fossem ainda maiores.
A secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, em contato com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Esmeraldino Jacinto de Lemos, e com representantes da Defesa Civil, constituiu um gabinete de crise composto pelas três instituições para tomar todas as providências que a situação requer. Servidores e fiscais dos três órgãos também foram enviados para Pontalina para averiguar a situação in loco.
O governador comemorou o fato de nenhum cidadão ter se ferido. “Estou acompanhando desde a manhã a inundação que acometeu alguns bairros de Pontalina. As medidas foram tomadas imediatamente. Mas, a notícia favorável é que, graças a Deus, não tivemos nenhuma vítima”, destacou Ronaldo Caiado.
A partir da Política de Segurança de Barragens, implantada por meio da Portaria 146/2019, a Semad estabeleceu um conjunto de ações para situações como esta. Atualmente, a pasta possui um cadastro obrigatório de barragens on-line com objetivo de manter as informações atualizadas e possíveis de serem fiscalizadas.
Conforme a Semad, a barragem estava regular quanto à outorga para o barramento e uso de água, e possuía licenciamento ambiental concedido pelo município, que tem competência para a emissão. No entanto, a propriedade estava irregular quanto ao cadastro de segurança da barragem, que expirou em 31 de dezembro de 2019 e o detentor não informou dados sobre o estado de conservação da estrutura.
Rodovias próximas
Em relação à estrutura das rodovias afetadas pelo rompimento da barragem, a GO-040 foi interditada pela Defesa Civil devido ao deslizamento do aterro de encabeçamento da ponte, e a avaliação sobre o nível de comprometimento da rodovia será realizado pelos técnicos da Goinfra. Na GO-215, houve a retirada de uma árvore que caiu sobre a ponte, mas ainda não foi constatada necessidade de interdição da rodovia. O local também passará por avaliação, que será executada pela empresa responsável pela manutenção.
O presidente da Goinfra, Pedro Sales, determinou estado de alerta máximo em todas as áreas estratégicas e de engenharia da Agência, que devem se manter de plantão por tempo indeterminado com o objetivo de prestar serviços emergenciais e de orientação técnica, em caso de necessidade. Assim como nas rodovias, será feita uma análise técnica para identificar se a ruptura da barragem foi ocasionada pela subida abrupta dos cursos d’água ou somente pela chuva.
Abastecimento de água
Os cidadãos também sofrem com uma chuva intensa, que cai na cidade desde a noite de sexta-feira (03/01) e deixou vários bairros sem abastecimento de água. De acordo com a Saneago, a água inundou a área de captação, deixando motores, quadro de comando e uma série de outros equipamentos submersos entre às 9h e 17h deste sábado.
A força-tarefa continuará fazendo o monitoramento, avaliação, recuperação e substituição de equipamentos até que o abastecimento de água seja normalizado. A Saneago ainda solicita a compreensão dos moradores e pede que o consumo das reservas domiciliares seja moderado enquanto não for restabelecido o abastecimento.
“O restabelecimento da Saneago vai demorar um pouquinho porque houve a inundação da casa de máquinas, comprometendo a parte elétrica. Mas, se Deus quiser, rapidamente estaremos entregando água tratada a todas as residências que também foram comprometidas”, disse Ronaldo Caiado.
Leia mais sobre: Cidades