19 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:45

Após receber alta, criança que foi baleada por policial volta a ser internada

A criança sendo atendida assim que foi atingida no peito pelo policial. / Foto: Hélio Monteferre
A criança sendo atendida assim que foi atingida no peito pelo policial. / Foto: Hélio Monteferre

O menino Luís Guilherme de seis anos, que foi baleado pelo policial civil Sílvio Moreira Rosa, recebeu alta no último domingo (29), mas após sentir dores e cansaço, retornou para o Hospital Santa Helena, na Asa Norte, em Brasília. A criança já havia permanecido 25 dias internado na unidade de saúde devido ao ferimento no peito. 

De acordo com o Correio Braziliense, a mãe de Luís, contou que o projétil está alojado no pulmão e que os médicos pediram exames para saber se ele poderá continuar com o projétil ou se será operado novamente. Ela ainda relatou que a bala entrou nas costas do menino, do lado esquerdo, quebrou duas costelas, machucou o pulmão esquerdo, entrou no coração e ficou alojada no pulmão direito.

A maior preocupação da mãe, é se houver a necessidade de outra cirurgia, já que o menino ainda está muito debilitado devido a operação que foi realizada a menos de um mês.

O caso

crianca baleadaO crime aconteceu próximo a cidade de Águas Lindas de Goiás. Segundo o pai do garoto, durante uma ultrapassagem, o policial efetuou vários disparos contra o carro da família sem nenhum motivo. Um dos tiros atingiu a criança, que ficou com uma bala alojada no coração.

O policial acusado foi preso e encaminhado para Goiânia. O agente possui um histórico de violência e chegou a ser demitido da Polícia Civil por tentativa de fraude em aposentadoria. No entanto, o policial acabou reintegrado à corporação.

De acordo com o inquérito policial, no dia do acidente, um determinado ponto da GO-070 estava em manutenção e havia um revezamento de passagem de veículos, uma vez que uma das faixas da pista estava interditada.

Quando o veículo em que a criança e sua família estavam chegou próximo a interdição, o policial estava parado no acostamento e entrou bruscamente na frente do veículo das vítimas, para ter acesso à faixa primeiro. Em seguida, o policial reduziu a velocidade do veículo e fechou o a família para impedir que fosse ultrapassado. Porém o pai da criança não teve outra alternativa a não ser ultrapassar o agente, que estava quase parado na frente do carro da família.

O policial então se aproximou novamente do carro e efetuou os disparos.

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