22 de novembro de 2024
Dicas

Após proibição do CFM sobre anabolizantes, saiba como aumentar a testosterona naturalmente

Uma rotina saudável é a chave para manter ou ampliar níveis de hormônios no corpo de forma segura
A proibição do CFm sobre anabolizantes, conforme justificou a entidade, foi decidida por não haver existência de comprovação científica suficiente que sustente o benefício e a segurança do paciente com estes compostos. (Foto: reprodução)
A proibição do CFm sobre anabolizantes, conforme justificou a entidade, foi decidida por não haver existência de comprovação científica suficiente que sustente o benefício e a segurança do paciente com estes compostos. (Foto: reprodução)

Depois que o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora do desempenho esportivo, a decisão tem afetado pessoas incluídas neste grupo. Conforme justificou a entidade, a decisão foi tomada por não haver existência de comprovação científica suficiente que sustente o benefício e a segurança do paciente com estes compostos.

Apesar disso, há formas de continuar aumentando níveis de hormônios, ao menos de testosterona de forma natural, mas com responsabilidade. Quem explica é o médico nutrólogo e intensivista Jose Israel Sanches Robles. O especialista explica, primeiro, que a testosterona é um hormônio importante tanto para homens quanto para mulheres, embora seja geralmente associada à masculinidade. “Ela desempenha um papel vital no desenvolvimento muscular, ósseo e sexual, bem como na regulação do humor e da energia. No entanto, com o envelhecimento, os níveis de testosterona tendem a diminuir naturalmente. Além disso, vários fatores como estresse, má alimentação e falta de exercícios podem afetar os níveis de testosterona”, define.  

Neste sentido, o médico informa que exercícios regulares são uma das maneiras mais eficazes de aumentar naturalmente os níveis de testosterona. “De acordo com estudos, o treinamento de resistência, como levantamento de peso, é especialmente benéfico para aumentar os níveis de testosterona. O exercício aeróbico também pode ajudar a aumentar a testosterona e melhorar a saúde geral”, cita Jose Israel.

O especialista continua, lembrando que a alimentação e sono também são fundamentais. “Dormir bem ajuda no bem-estar geral, incluindo a saúde hormonal, então  uma pessoa precisa dormir de 7 a 8 horas por noite e comer saudável é crucial para manter níveis saudáveis de testosterona. Inclua, na dieta, alimentos ricos em zinco, vitamina D, ácidos graxos ômega-3 e proteína em sua dieta e, claro, fuja de alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras saturadas”.

Jose lembra que há certos suplementos naturais como a ashwagandha, o ginseng e a maca peruana que podem ajudar a aumentar os níveis de testosterona também. “No entanto, é importante conversar com um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação”, reforça.

Aumentar naturalmente os níveis de testosterona pode ser um processo gradual, mas essas estratégias podem ajudar a melhorar a saúde hormonal geral e melhorar a qualidade de vida. “Certifique-se de conversar com um profissional de saúde antes de iniciar qualquer novo programa de exercícios ou suplementação”, completa o médico.

Por fim, há também o que afeta negativamente a testosterona, como o estresse crônico. Então, incorporar técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou exercícios de respiração para uma rotina diária ajuda a  prejudicar a “fabricação” do hormônio no corpo.

Vale lembrar, ainda, que o CFM, alertou e citou como efeitos adversos possíveis da aplicação indiscriminada dos anabolizantes, problemas cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio; aterosclerose; estado de hipercoagulabilidade; aumento da trombogênese e vasoespasmo; doenças hepáticas como hepatite medicamentosa, insuficiência hepática aguda e carcinoma hepatocelular; transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão e dependência; além de distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e diminuição de libido.

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