19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:20

Após prisão de Cunha, PT mantém críticas à Lava Jato

Eduardo Cunha preso. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Eduardo Cunha preso. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Reunido nesta sexta-feira (21), o comando do PT decidiu reafirmar em nota suas críticas à condução da operação Lava Jato.

Após a reunião, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não foi formalmente discutido pela Executiva Nacional da sigla, apenas objeto de conversas paralelas.

A cúpula petista decidiu, no entanto, endossar. “Em nome do combate à corrupção, que nós e o povo apoiamos, há um movimento de violação das garantias fundamentais da Constituição”, disse Falcão.

O partido também reafirmou os pontos que apoiará na discussão da reforma política, como voto em lista e o financiamento público de campanhas.”Estamos orientando a bancada como se posicionar.

Não vamos paralisar a vida política porque tem um governo usurpador.”Apesar da pressão de integrantes da esquerda petista pela realização de debate para troca de comando partidário ainda em dezembro, a nota ratificou a proposta de eleição no primeiro semestre do ano que vem.

“Conclamamos nossa militância a continuar travando o debate para o sexto congresso do partido e à mudança da direção que se dará no primeiro semestre do ano que vem”, disse o presidente do PT.

O PT definiu ainda apoio às greves convocadas pelas centrais sindicais para o dia 11.”Falamos dessa ofensiva ideológica contra o PT, a esquerda e o Lula com o objetivo de interditá-lo politicamente”.

O PT decidiu reforçar, em nota, a campanha contra as medidas propostas pelo governo Temer.

“Cresce nas pesquisas de opinião a rejeição a essas medidas, sobretudo a que eleva a idade para aposentadoria”, disse Falcão.

Segundo o presidente do PT, a executiva não discutiu o risco de debandada de deputados petistas.

Falcão afirmou que, se o partido fosse discutir tudo que sai “saltitando” em notas, não acaba a discussão”.

(Folhapress)

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