22 de novembro de 2024
Saúde

Após questionário do CFM sobre vacina infantil contra a covid-19, deputada aciona MPF; entenda

Luciene Cavalcante (PSol-SP) pediu que pesquisa seja suspensa, que o presidente da entidade seja processado e o conselho investigado
Na última semana o CFM lançou uma pesquisa para médicos que aparentemente desencorajava a vacinação infantil contra a covid-19. (Foto: reprodução)
Na última semana o CFM lançou uma pesquisa para médicos que aparentemente desencorajava a vacinação infantil contra a covid-19. (Foto: reprodução)

Depois que o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma pesquisa para ouvir a opinião de médicos brasileiros em que questiona se os pais de uma criança de até cinco anos teriam o direito de não vaciná-la contra a Covid-19, a deputada Luciene Cavalcante (PSol-SP), acionou o Ministério Público Federal (MPF).

Luciene pediu que a pesquisa seja suspensa, que o presidente da entidade, José Hiran da Silva Gallo, seja processado e o CFM investigado. Pedido da deputada vai de encontro às críticas feita por muitos médicos e por internautas, em querer entender qual o motivo do estudo se não o de desencorajar a vacinação infantil.

A pesquisa online, aliás, feita com médicos, foi lançada na última terça-feira (9) e, nela, o CFM questiona: “Os pais e responsáveis têm o direito de não optar pela imunização de suas crianças?” e “A aplicação de vacinas contra covid-19 em crianças com idades entre 6 meses e 4 anos e 11 meses deve ser obrigatória?”.

Essa faixa etária tem a vacinação recomendada pelo governo federal. A imunização de crianças de seis meses a cinco anos de idade deve ser feita em três doses. A recomendação, aliás, vem por meio de pesquisas científicas que deveriam ser respeitadas sem consentimento, muito menos de um órgão da classe médica.

Apesar disso, não é a primeira vez que o CFM entra em polêmica. A própria deputada lembrou que o conselho teve uma postura “negacionista” durante a pandemia. Em 2021, a entidade foi parar na CPI da Pandemia por não condenar a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina, remédios sem eficácia contra covid-19. Pesquisas recentes, aliás, mostraram que mais de 17 mil pessoas morreram em todo o mundo por ingerir tais medicamentos de forma errada contra o coronavírus.


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