22 de dezembro de 2024
Política

Após operação das fake news, Bolsonaro diz: “Chega! Chegamos no limite”

Presidente dá entrevista ao deixar Planalto. (Foto: Reprodução)
Presidente dá entrevista ao deixar Planalto. (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o financiamento de grupos que disseminam fake news em redes sociais. De acordo com o presidente, as ordens do ministro Alexandre de Moraes, que preside o inquérito, foram “absurdas” e afirmou que novas ações desta natureza não se repetiriam.

“Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro os meus compromissos no juramento que fiz quando assumi a Presidência da República”, afirmou ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (28).

Bolsonaro disse que “pelo menos isso (a operação) serviu” para mostrar que ele nunca teve intenção de controlar a Polícia Federal. “Temos que botar um limite nessas questões. Não foi justo o que aconteceu no dia de ontem”, completou.

O presidente também reclamou das decisões monocráticas e disse que isso “acabou”, usando um palavrão em seguida.

“Não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, sem um Legislativo também independente, para que possam tomar decisões, não monocraticamente por vezes, mas as questões que interessam ao povo como um todo, que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, p*! Me desculpem o desabafo. Acabou! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoal certas ações”, disse.

Perseguição e censura

Bolsonaro disse que a operação contra as fake news tem como objetivo censurar as mídias sociais e atingir quem o apoia. “Estão perseguindo gente que apoia o governo de graça. Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor sob o argumento mentiroso de fake news”, afirmou.

O presidente argumentou ainda que a operação de ontem foi um atentado às liberdades individuais e à liberdade de expressão. Segundo ele, as mídias sociais são complementares à mídia tradicional e o chamado “gabinete do ódio” é uma invenção em que algumas pessoas acreditam. “Essa mídia social me trouxe à Presidência, sem ela não estaria aqui. Não gastei nada, nunca tive nada de recurso para fazer campanha, foi o povo que me colocou aqui”, disse.


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