22 de novembro de 2024
Política

Após OMS relatar baixa transmissibilidade por assintomáticos, Bolsonaro pede flexibilização

Declaração foi dada em reunião do Conselho de Governo. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Declaração foi dada em reunião do Conselho de Governo. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (9), durante reunião do Conselho de Governo, que a baixa transmissibilidade do vírus Sars-CoV-2 por pessoas assintomáticas, informada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na segunda-feira (8), justifica um caminho para flexibilização do isolamento no Brasil.

Ele pediu que estados e municípios reabram shoppings e o comércio em geral. “Com toda certeza isso pode sinalizar uma abertura mais rápida do comércio e a extinção daquelas medidas restritivas adotadas, segundo decisão do STF, adotadas por governadores e prefeitos”, disse.

O presidente disse que OMS foi seguida “quase que de forma cega” no Brasil, chama isolamento social de “confinamento”. Ele afirma que houve “pânico pregado pela grande mídia” que deve ser “dissipado” com informação da organização

Na última sexta, presidente Bolsonaro ameaçou saída do Brasil da OMS, acusando entidade de atuação “ideológica”

“Ou a OMS trabalha sem viés ideológico, ou vamos estar fora também. Não precisamos de ninguém de lá de fora para dar palpite na saúde aqui dentro”, disse.

OMS esclarece

A declaração citada por Bolsonaro foi da chefe do programa de emergências, Maria Van Kerkhove. Ela disse que a transmissão por pessoas assintomáticas “parece rara”. Ela, porém, citou que o estudo é inconclusivo e lembrou que há diferença entre assintomáticos e pré-sintomáticos, que são aqueles que ainda não desenvolveram sintomas, mas os apresentarão.

Após a fala de Bolsonaro, o diretor de emergências, Michael Ryan, concedeu coletiva para explicar que está “absolutamente convencido de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo, a questão é saber quanto”. Maria Van Kerkhove também se pronunciou para dizer que há evidências de que 40% dos contágios aconteceram a partir daqueles que não apresentavam sintomas.


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