19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:26

Após ocupar Cidade de Deus, PM faz operação no complexo da Maré

Unidades do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar fazem operação no complexo de favelas da Maré, zona norte do Rio, na manhã desta segunda-feira (21).

A ação é desdobramento da operação feita no fim de semana na Cidade de Deus, pois esta última é controlada pela mesma facção que domina algumas das favelas da Maré.

Até as 12h, duas pessoas haviam morrido durante confronto na favela Nova Holanda. Segundo a polícia, ambos eram suspeitos, estavam com drogas e armados com pistola e submetralhadora.

Outros dois suspeitos ficaram feridos na favela Parque União. Eles foram levados ao Hospital Federal de Bonsucesso. Com eles foram apreendidos duas pistolas e um rádio transmissor.

Ainda na Parque União, policiais prenderam três suspeitos com duas granadas, um colete balístico e mais de quatro quilos cocaína.

Participam da operação o Bope (Batalhão de Operações Especiais), BAC (Batalhão de Ações com Cães) e o BPCh (Batalhão de Polícia de Choque).

O complexo da Maré não tem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Na noite deste sábado (19), após um dia de intensos tiroteios entre policiais e traficantes na Cidade de Deus, um helicóptero do GAM (Grupamento Aéreo Militar), que dava apoio à operação militar, caiu com quatro pessoas a bordo. Todos os tripulantes da aeronave, o major Rogério Melo Costa, 36, o capitão Willian de Freitas Schorcht, 37, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e o 3º sargento Rogério Félix Rainha, 39, morreram na hora.

Ainda não é possível afirmar se a aeronave foi abatida ou sofreu alguma pane.

Na madrugada deste domingo (20), a secretaria de Segurança Pública determinou que a comunidade fosse ocupada por tempo indeterminado. A operação foi decidida em reunião de emergência.

Horas depois, moradores encontraram sete corpos em uma mata na comunidade.

A Cidade de Deus tem uma UPP desde 2009, mas, como vem ocorrendo em outras áreas antes consideradas pacificadas, vem experimentando um aumento no número de confrontos armados. No início da noite, após a queda do helicóptero, o tráfego foi novamente interrompido, na Linha Amarela e na avenida Ayrton Senna.

Folhapress

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