20 de dezembro de 2024
Brasil

Após o Rio, Doria também afirma que vai reduzir verba pública no Carnaval

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça (20) que vai reduzir a verba da prefeitura destinada ao Carnaval no próximo ano. Embora não tenha detalhado valores, ele garante, no entanto, que a festa não vai diminuir de tamanho e que o valor será compensado por investimentos privados.

“Todos aqui têm responsabilidade fiscal. Não podemos gastar mais do que aquilo que se arrecada. Não podemos ter uma atitude irresponsável fiscalmente para atender este ou aquele setor (…) Vamos suplementar os recursos que a prefeitura tiver necessidade de reduzir com o investimento privado, ou seja, às escolas de samba e à Liga não vai faltar o recurso estimado e previsto”.

“Pode mudar o carimbo, ao invés de ser público, ser privado, mas recurso não vai faltar”, afirmou Doria ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), que também anunciou na semana passada que pretende cortar pela metade a subvenção que o município dá às escolas de samba para alocar os recursos na educação.

Crivella e outros prefeitos estiveram na capital paulista por conta de uma reunião da executiva da Frente Nacional de Prefeitos, e voltou a afirmar que o corte no Rio de Janeiro foi motivado por problemas orçamentários. Ele também afirmou que vai cortar, na verdade, o aumento da subvenção que foi de R$ 1 milhão por escola para R$ 2 milhões em 2016. Segundo ele, o R$ 1 milhão continuará mantido pela administração.

Ao contrário de Crivella, Doria não falou em valores ou detalhou como ocorrerão esses cortes, mas disse que vai se aplicar tanto aos desfile no Sambódromo do Anhembi, quando ao Carnaval de rua. “Haverá é uma redução do investimento público e um aumento do investimento privado para equalizar e garantir a realização do Carnaval”.

“Assim como o Rio, o Carnaval em São Paulo é importante, não só como atividade cultural e de lazer, mas também como fator turístico, gera receita, demanda, não só de pessoas que veem do interior do Estado para a capital, mas também turistas que veem de outros países, além da movimentação dos próprios cidadão, que aqui estão e utilizam restaurantes, transporte, serviços, fantasias, há uma irrigação econômica grande”, completou.


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