23 de dezembro de 2024
Repercussão

Após movimentação do MPF, associações e políticos contra André Valadão, pastor se justifica

Além do MPF, a Associação LGBTQIA+ de São Paulo, a deputada federal Erika Hilton e o senador Fabiano Contarato se posicionaram contra o religioso
“Nunca será sobre matar, segregar, mas será sim sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio", tentou justificar André Valadão. (Imagem: reprodução)
“Nunca será sobre matar, segregar, mas será sim sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio", tentou justificar André Valadão. (Imagem: reprodução)

O pastor André Valadão veio rapidamente se justificar por mais uma polêmica gerada pelo próprio nesta semana. Após dar a entender que, já que Deus não podia matar a “turma do arco-íris”, a comunidade LGBTQIA+, cabia aos evangélicos fazer este trabalho. O religioso, porém, veio se manifestar em sua rede social se pronunciar que não se tratava de “matar”. Sua resposta veio logo após o Ministério Público Federal (MPF) abrir um inquérito criminal contra ele.

Além do MPF, a Associação LGBTQIA+ de São Paulo afirmou que vai entrar com um processo contra André Valadão, assim como a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu sua prisão e o senador Fabiano Contarato (PT-ES) anunciaram ainda na segunda-feira (3) que vai entrar com representação criminal contra o religioso.

Tudo começou durante pregação dominical na Igreja Batista da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos. Na ocasião, o pastor bolsonarista disse que o casamento homoafetivo abriu as portas para comportamentos “horrorizantes”. No vídeo, ele diz que se Deus pudesse, “matava tudo” em referência às pessoas do grupo da sigla que tem como bandeira o arco-íris.

“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: não, não, não. Pode parar, reseta […] Aí Deus fala: Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas prometi para mim mesmo que eu não posso. Agora tá com vocês”, diz o pastor André Valadão, reforçando “tá com você […] Deus deixou o trabalho sujo para nós. Vamos para cima, eu e minha casa serviremos ao senhor”.

Em sua justificativa, porém, André Valadão disse que “não era sobre matar”. Após a repercussão negativa com pedido de prisão, o pastor foi às redes sociais dizer que interpretação da imprensa e da web foram equivocadas. “Nunca será sobre matar, segregar, mas será sim sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio…. Sim, cabe ao que crê em Jesus levar a mensagem do recomeço, reset, reinício, nascer de novo e viver não mais para si, mas para Deus e suas leis”, afirmou o pastor.


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