05 de dezembro de 2025
REMOVENDO O RISCO • atualizado em 25/09/2025 às 16:35

Após morte de jovem, Mabel anuncia força-tarefa para retirar fios perigosos em Goiânia

Prefeito articula com MP, Equatorial e empresas regulares ação contra cabos clandestinos; empresas terão fios removidos se não se identificarem
Mabel anuncia força tarefa para remover fios soltos - Foto: DG
Mabel anuncia força tarefa para remover fios soltos - Foto: DG

O prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou que, a partir de outubro, uma força-tarefa vai retirar os fios elétricos comprometidos e cabos rompidos que estão causando acidentes em Goiânia. Mabel disse que está articulando a ação com o Ministério Público, a Equatorial Goiás e envolvendo parte das 102 operadoras de telecomunicações que usam a rede de energia elétrica e de iluminação pública para seus cabos de transmissão de sinais.

O prefeito disse que dessas mais de cem empresas, cerca da metade atua de forma clandestina e que, a partir de outubro, as que não colocarem placas de identificação em seus cabos, terão os mesmos retirados pelas equipes.

“Chamei o Ministério Público, a Equatorial, estamos chamando as empresas. Agora em outubro vamos começar a tirar os fios junto com eles. Eles toparam entrar no projeto, então nós devemos fazer de três a quatro equipes rodando na cidade inteira e retirando essa fiação”, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (25).

A medida acontece após a morte da adolescente Nathaly Rodrigues do Nascimento, de 17 anos, vítima de um fio energizado que rompeu durante uma tempestade na terça-feira (23), no Centro de Goiânia. Ela morreu na hora e outro jovem se feriu levemente.

Mabel disse que a tragédia era imprevisível devido aos fatores meteorológicos. “É um caso que também eles [Equatorial e demais empresas] não têm como prever. Eles dão manutenção nas redes e tal, mas uma tempestade daquela, você sabe como é”. 

Mais de 300 multas foram aplicas, mas empresas não reagiram

O prefeito, que está no cargo desde janeiro, disse que vem punindo as empresas que não fazem a manutenção.  Essa falta de acompanhamento deixa cabos rompidos pela cidade, causando dezenas de acidentes cotidianamente registrados pelas autoridades policiais, unidades de saúde e meios de comunicação.

“Já apliquei mais de 300 multas, de 20 mil reais cada nessas companhias de telecomunicações. Eles não dão nem bola para isso. Não vou aumentar a multa, eu vou tomar providência, eu vou tomar conta do negócio”, reforçou. 

Segundo ele, tudo que utilizar a estrutura dos postes terá de ter o responsável identificado. “Não tem dono, não tem fio”, sentenciou.

Tarefa pode demorar até 2027, estima Mabel

O prefeito ainda disse que atualmente várias dessas empresas apenas enviam seus funcionários e passam os cabos, sem maiores autorizações, licenças ou comunicados. “Nada, eles vão lá e penduram no poste. Nem para a Equatorial eles pedem licença, saem pendurando no poste e não identificam de quem é”.

Eu acho que vai gastar uns dois anos para fazer isso [até 2027]. Eu acredito que sim, e depois deixar uma equipe permanentemente fiscalizando”. Segundo ele, a prefeitura vai somente comandar a força-tarefa, enquanto o custo será repassado para as envolvidas. 


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