O Senado dos Estados Unidos confirmou, em votação nesta sexta-feira (7), a indicação de Neil Gorsuch à Suprema Corte do país. É a maior vitória de Trump desde que ele assumiu a Presidência dos EUA, em janeiro.
A votação só ocorreu após manobra dos senadores republicanos na quinta (6), quando foi acionado um mecanismo para mudar as regras da casa e avançar com a confirmação de Gorsuch. O plenário do Senado havia votado para encerrar o debate sobre a nomeação e passar à votação, mas os republicanos precisavam de 60 dos 100 votos para avançar a próxima etapa -o que os democratas, com 45 votos, não permitiram.
Só que a liderança republicana adotou a controversa “opção nuclear”, que muda as regras do Senado, permitindo que uma maioria simples (51 dos 100 senadores) encerrasse o debate e iniciasse a votação do indicado à Suprema Corte.
Na votação desta sexta (7), a aprovação de Gorsuch foi defendida por 54 senadores, enquanto 45 votaram contra.
Os republicanos têm a maioria no Senado americano, com 52 senadores contra 48 dos democratas.
Vacância
O posto ao qual Gorsuch foi confirmado estava vago há 14 meses, desde a morte do juiz Antonin Scalia, em fevereiro de 2016. Até a votação desta sexta (7), a Suprema Corte tinha oito juízes, sendo quatro de tendência mais liberal e quatro, conservadora. Gorsuch pendeu a balança para os conservadores.
Os republicanos, contudo, não se preocuparam em ocupar a posto rapidamente quando Barack Obama indicou, em março de 2016, um substituto para Scalia, o juiz Merrick B. Garland. A maioria conservadora nem sequer levou o seu nome ao debate no Comitê de Justiça do Senado. Os democratas não esqueceram e trouxeram várias vezes o tema à tona durante o processo de Gorsuch. (Folhapress)
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