22 de dezembro de 2024
STF

Após Lewandowski confirmar antecipação da aposentadoria, Zanin aparece como substituto favorito

Apesar do advogado de Lula ser nome principal, outro aparece na "disputa" por indicação do ministro
O ministro Ricardo Lewandowski e o advogado de Lula Cristiano Zanin. (Fotos: reprodução)
O ministro Ricardo Lewandowski e o advogado de Lula Cristiano Zanin. (Fotos: reprodução)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski confirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que deve antecipar sua aposentadoria e deixar seu cargo já depois da Páscoa. Conforme veículos como o UOL e O Globo apuraram e divulgaram, o aviso foi feito pessoalmente ao petista em conversa reservada em Pernambuco com a governadora Raquel Lyra (PSDB). Lewandowski completa 75 anos no dia 11 de maio, idade limite para que ministros continuem no STF.

Agora, há outro assunto envolvendo o tema que tem sido destaque: quem substituirá o ministro? O favorito, até o momento, é, sim, o advogado de Lula, Cristiano Zanin. Apesar disso, Manoel Carlos de Almeida Neto, o advogado indicado por Lewandowski também está na “disputa”.

Como funcionará a substituição de Lewandowski?

A escolha de um ministro do Supremo Tribunal Federal ocorre em um processo que envolve os poderes Executivo e Legislativo. Primeiro, há indicação do presidente que, neste caso deve ser Lula indicando Zanin. Após a ou as indicações é preciso haver aprovação do Senado por meio da Comissão de Constituição e Justiça – CCJ do Senado Federal.

O candidato a ministro precisa ser aprovado pela maioria absoluta da Casa – no mínimo, 41 senadores. Uma vez que o novo ministro é aprovado, o Presidente assina um decreto de nomeação, geralmente publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte à votação na sabatina. Alguns dias depois, ocorre a cerimônia de posse, em que o recém-integrado ao Supremo Tribunal assina um termo de compromisso e o livro de posse, na presença de representantes dos três poderes, amigos e familiares.

Vale lembrar que a Constituição Federal diz que os ministros do STF devem ser brasileiros natos, com mais de 35 anos e menos de 75 anos. Deve também ter notável saber jurídico e reputação ilibada. Aliás, como esses são os únicos requisitos, o ministro não precisa necessariamente nem ser juiz ou advogado ou, sequer ter formação acadêmica em Direito, mas, caso não seja, pode dificultar a autorização do Legislativo e, consequentemente a nomeação.


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