23 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:20

Após interdição, Materno Infantil programa reformas

Por nota, a direção do Hospital Materno Infantil (HMI) informou nesta quinta-feira (25), após interdição da Central de Materiais e Esterilização (CME) pela Auditoria-Fiscal do Trabalho em Goiás, que já programa reformas nas estruturas da unidade de saúde. O cronograma de reformas iniciou em 2012, mas outras áreas foram priorizadas.

“As providencias já estavam sendo tomadas antes mesmo da interdição por parte do Ministério Público do Trabalho […]. O HMI possui a estrutura mais antiga da rede pública estadual de Saúde […] e já havia sido planejado entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Organização Social […] projetos de reforma e adequação contemplando áreas críticas do hospital”, diz a nota.

Para a realização das obras foi firmado um convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF). No entanto, o processo licitatório ainda está em andamento e deverá ser finalizado nas próximas semanas. “No dia 28 de abril, o HMI deu abertura ao processo seletivo para contratação de empresa especializada visando a terceirização do serviço”, informa o Hospital.

Para que a CME não deixe de prestar atendimento, a unidade terá realocado os profissionais para receptação e pré-lavagem dos materiais utilizados e estabelecido área para distribuição dos materiais esterilizados.

“Com a terceirização temporária do serviço de CME e a adequação do novo espaço para o setor, é possível afirmar que, a princípio, as não conformidades estruturais foram solucionadas”.

Sobre a não utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte dos funcionários, o HMI ressaltou que oferecia os materiais, mas os colaboradores não faziam uso da forma correta por falta de climatização adequada na área de realocação. “Porém, o novo espaço conta com climatização adequada, o que possibilidade a utilização ideal”.

Além isso, a unidade informou que os uniformes dos funcionários foram encomendados no início do ano. Algumas peças já foram entregues em janeiro e março. A próxima remessa deverá ser disponibilizada aos funcionários em junho.

“Cumpre salientar que a unidade tem unido forças com a SES-GO, com o Ministério Público, Conselho Regional de Medicina (Cremego), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), regulações Municipal e Estadual e, agora, também com o MPT, visando minimizar o problema da superlotação do hospital que, atualmente, interfere diretamente no desempenho do trabalho de todas as áreas da unidade, inclusive no CME”, diz a nota.

Por último, o Hospital destacou que o atendimento aos pacientes não será interrompido ou prejudicado.

O caso

A Central de Materiais e Esterilização do Hospital Materno Infantil (HMI) foi interditada nesta quinta-feira pela Auditoria-Fiscal do Trabalho em Goiás por descumprimento de norma de proteção, associada à superlotação da unidade.

De acordo com a Autoria-Fiscal do Trabalho, Jaqueline Carrijo, a conclusão da interdição total da Central, que tem ao todo quatro áreas, ocorreu após 70 dias de auditoria na unidade hospitalar.  Segundo ela, o serviço realizado na Central do HMI é doméstico e oferece riscos biológicos aos pacientes e funcionários do hospital.

Jaqueline afirmou que existem 600 laudas de provas, que serão apresentadas ao Ministério Público do Trabalho, de que é necessária a construção de uma nova Central, com condições ambientais e sanitárias adequadas.

Ainda segundo a auditora, foi determinado que a esterilização e limpeza do Central seja feita por uma empresa terceirizada, com fiscalização do Ministério do Trabalho. “O HMI não nenhuma norma. Tivemos que proibir o uso do espaço. A Central tem funcionamento doméstico, mas o hospital é especializado em casos de média e alta complexidade, não pode ser assim”, disse Jaqueline Carrijo.

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