A procuradoria da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (15) que pretende interrogar na próxima terça (21) a ex-presidente Park Geun-hye, destituída na semana passada após um escândalo de corrupção.
Além disso, o país disse que convocará eleições antecipadas em 9 de maio para escolher o sucessor de Park.
A mandatária sofreu impeachment sob a acusação de subornar conglomerados como Samsung, Hyundai e LG, a doarem a fundações de sua melhor amiga, Choi Soon-sil, em troca de favores.
Com o impeachment, Park perde o direito à imunidade e passa a ser passível de processo na Justiça criminal.
Park Geun-hye é a primeira presidente a ser deposta em um impeachment desde a divisão da Península Coreana, em 1948. O único a passar por processo similar foi Roh Moo-hyun, absolvido pela Justiça em 2004.
O Parlamento havia detonado o processo em dezembro. Agora, o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn continua como presidente em exercício até as novas eleições.
A aprovação do impeachment pela Suprema Corte da Coreia do Sul na quinta-feira passada (9) desatou uma onda de protestos contra e a favor de Park. Ao menos três apoiadores da mandatária morreram perto das manifestações -todos eram idosos.
Entre os principais nomes cotados para a sua sucessão, estão o opositor Moon Jae-in, seu rival na disputa à Presidência em 2012, e o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ainda sem partido.
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