Com a repercussão da fala de Lula sobre a situação entre Israel e Palestina, e a resposta do Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu em declarar o líder brasileiro “persona non grata”, o governo brasileiros avalia a possibilidade de expulsar o embaixador israelense Daniel Zonshine. A medida diplomática é considerada drástica, dependendo de quais serão as próximas manifestações de Israel em relação à crise.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a expulsão do embaixador seria uma “carta na manga” e que dificilmente será usada. Apesar disso, medida chegou a ser discutida em reunião na segunda-feira (19) no Palácio da Alvorada, entre Lula, o ministro Paulo Pimenta (Secom) e o assessor internacional da Presidência para assuntos internacionais, o embaixador Celso Amorim.
Em meio a isso, a oposição de Lula no governo chegou, até mesmo, a aproveitar a situação para um pedido de impeachment contra o petista. Com a ideia, que foi da deputada Carla Zambelli, ela chegou a recolher mais de 100 assinaturas.
Por conta dessa e de outra situações que envolvem ainda mais risco de crise, as informações são de que não há intenção de elevar o nível de tensão entre o governo israelense. Mesmo assim, vale lembrar que Israel convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para esclarecimentos, sobre o que vem acontecendo.
O local do encontro, entretanto, não foi em um escritório com portas fechadas, mas sim um Memorial do Holocausto para uma espécie de tour guiado com a presença da imprensa. Por fim, o chanceler Israel Katz, disse: “não esqueceremos nem perdoaremos”, sobre fala de Lula. “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse”, afirmou.
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