23 de dezembro de 2024
Justiça

Após dez anos, Caso Valério Juiz vai a júri popular no próximo dia 14

À época, o assassinato de Valério gerou comoção e manifestações de entidades nacionais e internacionais
Caso Valério Luiz
Caso Valério Luiz

O juiz Lourival Machado da Costa, da 2º Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida da Comarca de Goiânia, marcou, a próxima segunda (14/03) o início da sessão de Júri Popular que julgará os acusados pelo assassinato do jornalista Valério Luiz de Oliveira. O crime ocorreu em 5 de julho de 2012, na porta da então Rádio 820 AM, hoje Rádio Bandeirantes, onde a vítima comentava futebol em um programa de esportes. Segundo o Ministério Público, o homicídio teria sido motivado pelas críticas do jornalista à diretoria do Atlético Clube Goianiense. 

À época, o assassinato de Valério gerou comoção e manifestações de entidades nacionais e internacionais. Cinco serão os réus submetidos a julgamento: o cabo da PM Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, apontado como o autor dos disparos; o sargento da PM Djalma Gomes da Silva, apontado como um dos articuladores do crime; o faz-tudo Urbano de Carvalho Malta, também apontado como articulador do homicídio; o açougueiro Marcus

Vinícius Pereira Xavier, apontado como colaborador; e o ex-Vice-Presidente, exPresidente a atual Conselheiro do Atlético Goianiense, Maurício Borges Sampaio, apontado como o mandante do crime. Já não cabe mais nenhum recurso contra a decisão que enviou os cinco réus a Júri, e, portanto, a data tem caráter definitivo.

A primeira data para o Júri Popular conjunto de todos os acusados no caso Valério

Luiz foi designada para 23 de junho de 2020, mas precisou ser suspensa em virtude da

crise sanitária gerada pela pandemia SARS-Cov-2 (COVID-19). Com o paulatino retorno das atividades presenciais no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, nova data pôde ser designada. Conforme mencionado, o dia 14 de março de 2022. Trata-se de um julgamento muito aguardado e cobrado por familiares, pela população goiana e por entidades de proteção à liberdade de expressão, tendo em vista a representatividade do caso no combate à impunidade de crimes contra jornalistas


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