23 de dezembro de 2024
Política

Após desistir de disputar Presidência, Luciano Huck faz aceno a Marina

Luciano Huck. (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)
Luciano Huck. (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

THAIS BILENKY
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O apresentador de TV Luciano Huck disse à reportagem que pesou em sua decisão de não disputar a Presidência o escrutínio público. “É muito violento”, afirmou nesta terça-feira (5).

Perguntado se apoiaria Geraldo Alckmin eleição de 2018, Huck o elogiou, mas citou espontaneamente Marina Silva (Rede).

O apresentador é um dos homenageados do evento Brasileiros do Ano, da revista “Istoé”, em São Paulo.

Pergunta – Disseram que sua desistência de se candidatar foi estratégica para depois voltar.
Luciano Huck – Não, não. Fui super transparente no que escrevi. É o que de fato eu acredito neste momento. Vou e quero participar desse momento de renovação. Deixei isso claríssimo. Conectado aos movimentos cívicos, podendo mostrar que a gente tem que tratar a política como uma coisa importante. A gente formou quadros importantes para todo o setor privado e a gente esqueceu de formar bons quadros para a política. Então eu acho que a gente tem que tratar a política com P maiúsculo no sentido de realmente seduzir do lado positivo que novas cabeças se aproximem e que a gente tenha orgulho da nossa classe política no futuro.

Tudo indica que Alckmin será o candidato do PSDB. Você cogita apoiá-lo?
– Acho que a situação está muito indefinida ainda. Acho que o Alckmin, na presidência do PSDB e pelo jeito que ele se posicionou, acho que provavelmente vai ser o candidato do PSDB, acho que é uma opção boa de centro, como acho que a Marina também é uma boa opção. Acho que a gente tem que esperar. Por incrível que pareça, está muito perto e muito longe ao mesmo tempo.

Pesou na sua decisão a devassa que um candidato a presidente sofre em sua vida pessoal?
– Sim e não. A gente está tão machucado em relação à política no Brasil como cidadão e como imprensa, que a tendência natural é você tentar desconstruir a identidade das pessoas ao invés de tentar construir as virtudes. Para quem não está nesse universo, é muito violento. Não que isso tenha sido fator determinante na decisão, mas sem dúvida nenhuma passa por isso também.


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