Famílias de presos que estavam no massacre que terminou com 56 mortos na maior penitenciária de Manaus continuam a chegar no IML (Instituto Médico Legal) da cidade, na tarde desta quarta-feira (4), atrás de informações de vítimas. O tratamento recebido no local, porém, melhorou em relação ao da última terça (3).
Os parentes que aguardam na frente do instituto recebem acompanhamento da Seas (Secretaria de Estado de Assistência Social), de um grupo da UNP (Universal dos Presídios) e da Igreja Adventista, que servem lanches, água, café, pão e bolacha. Um prédio anexo ao IML também tem acompanhamento com assistentes sociais.
Na parte externa do instituto, Janaína Silva, 31, buscava informações do irmão no início da tarde desta quarta. “Ainda não acharam o corpo do meu irmão. Estamos aguardando informações, mas sem resposta”, afirmou.
Parentes de Janaína já aguardavam na frente do IML desde domingo (1º). “Muitos ficaram no sol, sem água, sem comida e o pior, sem informação. Hoje está um pouco melhor”, completa ela.
Na terça, as pessoas ainda precisaram se aglomerar na frente das grades do instituto, sob o sol e sem nenhum tipo de assistência para obter informações. Apenas no meio da tarde, foi montada uma tenda para amenizar o calor no local.
Além do massacre de 56 presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), outros quatro detentos foram mortos na UPP (Unidade Prisional de Puraquequara) e 184 fugiram do Compaj e do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), sendo que 58 tinham sido recapturados até a tarde desta quarta.
A Secretaria de Segurança Pública informou ter identificado mais quatro corpos, elevando para 42 o número de identificações. Desses, 14 foram liberados para as famílias –dez de presos do Compaj e quatro da UPP.
Folhapress
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