Os técnicos estrangeiros também estão sentindo na pele a cobrança dos clubes brasileiros. A derrota de virada para o Corinthians, por 3 a 1, em São Paulo, na terça-feira, causou mudanças no comando técnico do Bahia. Saiu o argentino Diego Dabove e chegou Guto Ferreira, ex-Ceará.
Contratado na metade de agosto para o lugar de Dado Cavalcanti, o argentino Dabove comandou o Bahia em apenas seis partidas e teve um aproveitamento de apenas 28%. Foram três derrotas, dois empates e uma derrota. Os auxiliares Guillermo Formica e Walter Ribonetto, além do preparador físico Agustín Buscaglia, também deixam o clube.
Para o lugar vago, a diretoria acertou o retorno de Guto Ferreira, que vai para a sua terceira passagem pelo Bahia. O treinador tem dois feitos importantes pelo clube: em 2016 conquistou o acesso à elite do Campeonato Brasileiro e, em 2017, foi campeão da Copa do Nordeste.
Guto Ferreira, de 56 anos, estava sem clube desde o final de agosto, quando foi demitido do Ceará. O treinador tem passagens ainda por Sport, Chapecoense, Internacional, Ponte Preta, Figueirense, Portuguesa, ABC e Criciúma. A missão de Guto Ferreira será livrar o Bahia do rebaixamento. Hoje, o time de Salvador se encontra na 17.ª colocação, com 23 pontos em 23 rodadas.
A temporada não tem disso boa para o clube, que atrasou salários e teve protestos dos jogadores. O presidente Guilherme Bellintani explicou a mudança em nota oficial, reconhecendo ter feito uma escolha equivocada.
“Precisamos realizar uma correção de rumos. Não era algo que a gente gostaria de fazer, lamentamos bastante a situação, mas se a gente decidiu mudar tão rápido é uma prova de que a escolha terminou se mostrando equivocada não no sentido da qualidade do trabalho, mas do ponto de vista de conhecimento do futebol brasileiro e do contexto do clube. Fazendo um balanço do dia a dia, dos resultados e dos desafios que temos pela frente, entendemos que essa é a medida correta no momento”, declarou.
(Conteúdo Estadão)
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