A Procuradoria-Geral da República recebeu na tarde desta quinta (24) o teor do depoimento prestado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal sobre o episódio envolvendo o ministro Geddel Vieira Lima.
A documentação foi enviada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os procuradores vão avaliar as declarações prestadas por Calero e decidir se pedirão ao Supremo a abertura de inquérito contra Geddel.
O depoimento do ex-ministro será avaliado juntamente com a representação que parlamentares da oposição fizeram à PGR em relação ao caso. Segundo a Folha apurou, a tendência dentro da procuradoria é de pedir a abertura de inquérito.
Na semana passada, em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-ministro acusou Geddel (Secretaria de Governo) de ter usado o cargo para pressioná-lo a revogar parecer do Iphan ((Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que impede a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador em área tombada.
Geddel tem um apartamento no prédio. Ele admite ter conversado sobre o tema com Calero, mas nega pressão. Reportagem da Folha revelou que um sobrinho e um primo do ministro representam os interesses do projeto imobiliário em processo que tramita no Iphan.
O ex-ministro foi voluntariamente à Polícia Federal.
A coluna Painel revelou nesta quinta que Calero foi à PF prestar depoimento.
“A documentação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, responsável por investigar o eventual cometimento de crimes por pessoas com prerrogativa de foro”, diz nota da polícia.
Folhapress
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