10 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:53

Após denúncia, Eunício diz que preocupação não é com Temer

Presidente do Senado defende mesmo peso para duas casas de leis em caso de eleições indiretas (Foto: Pedro França- Agência Senado)
Presidente do Senado defende mesmo peso para duas casas de leis em caso de eleições indiretas (Foto: Pedro França- Agência Senado)

Ao ser questionado sobre a situação do presidente Michel Temer após a Câmara ter barrado sua denúncia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quinta-feira (26) que a preocupação não é com ele, afirmando que ele assumiu o cargo como resultado de um processo de impeachment.

“Não é o presidente Temer. Nossa preocupação não é com o presidente A ou B. Até porque o presidente Temer pegou uma posição que não foi pela disputa eleitoral das ruas. Foi por uma circunstância do regime presidencialista, que permite este desequilíbrio, que permite impeachment e gera uma crise. Por isso sou parlamentarista”, disse.

Na noite de quarta (25), mesmo dia em que o presidente passou mal devido a um problema urológico e foi levado ao hospital em Brasília, a Câmara barrou a denúncia contra Temer por 251 votos.

O peemedebista é acusado pelo Ministério Público dos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa. Para que tivesse prosseguimento, a denúncia precisaria da autorização de no mínimo 342 deputados. Como esse patamar não foi alcançado, o processo é suspenso até que Temer deixe o cargo, em janeiro de 2019.

Questionado sobre a reforma da Previdência, apontada como prioridade após a denúncia, Eunício reconhece a necessidade do projeto, mas fala que o momento é difícil para aprovação de medidas impopulares.

“Todos sabem que a questão da Previdência é muito polêmica e precisamos de algum tipo de ajuste. Mas todos sabem também que o momento político não é oportuno para se alterar posicionamentos que vão de encontro à sociedade brasileira, que pensa contrariamente”, disse.

O peemedebista afirmou que o momento é de preocupação econômica voltada para o “cidadão pobre”.

“Não é a pauta econômica corporativa, mas de desenvolvimento. Temos que fazer o dever de casa, ser responsáveis”, disse. (Folhapress)

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