19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:30

Após decretar calamidade, governo de Minas anuncia que parcelará 13º

(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

Dias depois de decretar calamidade financeira, o governo de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira (7) que vai parcelar o pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais.

O anúncio foi feito no dia em que a Assembleia Legislativa de Minas aprovou o decreto de calamidade financeira por 37 votos a 17.

Com o decreto, o governo conseguirá suspender o prazo para pagamento de despesas de pessoal e os limites do endividamento do Estado previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

No formato adotado pelo governo mineiro, a primeira parcela do 13º salário será paga no dia 22 de dezembro.

A segunda parcela paga até março do próximo ano. A primeira parte, no valor de até R$ 3 mil, será paga em 24 de janeiro.

Desta forma, os funcionários com salário de até R$ 6 mil terão o benefício quitado nesta data.

Já os servidores que ganham mais de R$ 6 mil o restante do valor do 13º salário no dia 24 de março.

O custo total do pagamento do 13º salário será de R$ 2,7 bilhões para os cofres estaduais.

O governo do Estado também anunciou que manterá o escalonamento no pagamento dos salários servidores pelo menos até março deste ano.

Os servidores com salários até R$ 3 mil receberão até do dia 11 de cada mês. Os que ganham até R$ 6 mil receberão até o dia 17 e os que recebem acima deste valor terão o salário pago até o dia 21.

Decreto

No decreto de calamidade financeira, o governador Fernando Pimentel (PT) afirma que a situação das contas do Estado coloca em risco a capacidade do governo de manter serviços essenciais e de pagar despesas com pessoal.

Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa, o governador atribui a situação de emergência no Estado à crise econômica internacional e nacional.

Segundo Pimentel, ambas provocaram a queda do PIB (Produto Interno Bruto) e causaram a retração da atividade de vários setores, como o mercado internacional de commodities agrícolas e metálicas, o que diminuiu a receita do Estado.

Pimentel também cita como causas para a crise no Estado o crescimento das despesas de pessoal nos últimos dez anos e desequilíbrios em contratos gerados pela dívida junto à União.

Minas Gerais é o terceiro Estado a decretar calamidade, medida também adotada por Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Folhapress

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