10 de agosto de 2024
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Após cortar atendimentos eletivos, presidente do Ipasgo pede exoneração

(Foto: Divulgação/ Governo de Goiás)
(Foto: Divulgação/ Governo de Goiás)

Após provocar o corte de 50% dos atendimentos eletivos, o presidente do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), Hélio José Lopes, pediu exoneração na manhã desta segunda-feira (20/09). O impasse provocado pela medida causou desgaste em sua gestão.

De acordo com o jornal O Popular, o agora ex-presidente justificou “motivos particulares” ao entregar sua carta de exoneração, mas o mesmo veículo apurou que a saída de Hélio tem relação direta à medida que gerou estresse no governo Caiado. 

A decisão de cortar os atendimentos eletivos gerou desgaste entre o governo e associações médicas que criticaram a decisão do Ipasgo anunciada no último dia 6 de setembro. 

Associações que representam hospitais e laboratórios de Goiás criticaram e chegaram a publicar carta aberta informando os impactos desastrosos que a medida traria.  O documento diz que o corte foi anunciado, por aplicativo de mensagens, justificando que o teto orçamentário de 2021, previsto em decreto estadual, foi atendido.

A carta argumenta que “a decisão não levou em conta os tratamentos que ficaram represados durante a pandemia, suspensos pelo próprio instituto”. Segundo as entidades, “a assistência aos usuários será severamente comprometida, já que, em razão da demanda represada e da redução de cotas, a rede assistencial não terá condições de realizar exames, procedimentos médicos e cirurgias não emergenciais, mas de intervenção imprescindível”.

Os hospitais e laboratórios clamam também por uma resolução para que se evite “ameaça a assistência, a qualidade de vida e a saúde dos pacientes, principalmente daqueles que necessitam de tratamentos oncológicos, cardíacos, neurológicos, obstétricos, entre outros”.

À época, o Ipasgo informou ao Diário de Goiás que o limite orçamentário do plano de assistência foi extrapolado nos meses de julho e agosto pelo atendimento à demanda reprimida causada pela pandemia. Por isso, o instituto disse ser necessário estabelecer “medidas de contenção de gastos para garantir o equilíbrio financeiro e orçamentário para o fechamento de 2021”.

De acordo com o Ipasgo, o corte visa “não comprometer a continuidade da prestação de serviço dos prestadores e, também, a saúde dos beneficiários”.


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