O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), voltou a se posicionar publicamente sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Após a Primeira Turma da Corte condenar o ex-mandatário a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes nesta quinta–feira (11), Caiado afirmou que recebeu a decisão com pesar e renovou sua defesa pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
“Mais uma vez, lamento profundamente a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”, declarou. “Digo ‘mais uma vez’ porque essa condenação já havia sido, de certa forma, antecipada: primeiro, quando lhe foi negado o direito de se defender publicamente; depois, quando até o seu direito de ir e vir foi restringido.”
Caiado também criticou o fato de o julgamento ter ocorrido na Primeira Turma, composta por cinco ministros, em vez de ser levado ao plenário da Corte. “Entendo que o julgamento deveria ter ocorrido no Pleno do Supremo, onde a totalidade da Corte poderia se manifestar e as diferentes interpretações sobre o caso seriam devidamente debatidas — e não apenas em uma turma com cinco ministros”, afirmou.
Defesa da anistia
O governador goiano reforçou que a solução para a crise política não virá apenas de decisões judiciais. Para ele, o caminho passa pela pacificação nacional. “Reafirmo, contudo, minha defesa da anistia a todos os condenados em razão dos acontecimentos de 8 de janeiro. Por uma questão de pacificação nacional”, disse.
Caiado afirmou ainda que, caso seja eleito presidente da República em 2026, tomará a iniciativa de assinar o perdão logo no início do mandato. “Fui o primeiro a me posicionar e reitero: se tiver a oportunidade de chegar à Presidência da República, assinarei a anistia assim que tomar posse. Somente dessa forma poderemos alcançar a paz necessária para construir um governo de conciliação, com foco no futuro, dedicado a enfrentar os problemas reais dos brasileiros e a promover o verdadeiro progresso para nossa gente”.
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