14 de outubro de 2024
OBRA É MANTIDA

Após cobrança, Correios retrocedem e confirmam CEInt em Anápolis

Após enviar ofício comunicando que Centro Internacional iria para o Rio Grande do Norte, mobilização faz órgão voltar atrás
Autoridades se mobilizaram e Correios mantiveram CEInt em Anápolis - Foto Francisco França/Correios
Autoridades se mobilizaram e Correios mantiveram CEInt em Anápolis - Foto Francisco França/Correios

A presidência dos Correios em Brasília esteve movimentada hoje, 10, por autoridades goianas. Elas foram cobrar a manutenção do Centro Internacional dos Correios em Anápolis, após notícias divulgadas informarem que a qualificação seria dada a outra unidade, no Rio Grande do Norte. A medida foi, inclusive, alvo de recente ofício interno da empresa.

Mobilização de autoridades

Estiveram nos Correios o governador Ronaldo Caiado, que passou rapidamente pela sala do presidente do órgão, Fabiano Silva dos Santos; e o secretário Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima que permaneceu com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves. Entre parlamentares, o vice-líder do governo, o senador goiano Jorge Kajuru (PSB), e os deputados federais do PT, Adriana Accorsi e Rubens Otoni.

“Anápolis hoje é o centro geográfico da América do Sul, e ali é mais fácil distribuir não somente pela posição geográfica, mas por ter os modais rodoviário, ferroviário e aéreo”, destacou o secretário Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Secretário aponta dúvida

O secretário de Governo defendeu que a escolha de Anápolis como sede do Centro Internacional não teve conotação política – a cidade deu grande votação para Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, afirmou que o Governo de Goiás colaborou com o governo federal em todo o processo de definição da área e de cessão de pessoal para compor a equipe técnica. Ele questionou ainda a decisão dos Correios que pretendia mudar a destinação e utilizar o espaço para a criação de um Centro de Distribuição com finalidades bem inferiores à de uma CEInt.

“Muita dúvida fica, até porque esse espaço construído para o Centro Internacional não pode abrigar qualquer coisa. Lá tem local específico para Receita Federal, para Raio-X, para Anvisa, que são as necessidades para fazer importação. E também está dentro de uma área alfandegada, porque é dentro do Porto Seco. Então, para trazer cargas internacionais, é aquele espaço o adequado. E a obra está praticamente concluída”, argumentou Adriano Rocha.

Emprego e riqueza

Já o prefeito Roberto Naves ressaltou que os investimentos dos Correios na cidade são muito aguardados por gerarem empregos e riqueza.

De sua parte, o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, alegou que a fase atual é de implantação do Centro de Distribuição, mas que ela será seguida pelo Centro Internacional e, por fim, um Hub Logístico será levado para a região. “É uma cidade estratégica, central, então temos todo o interesse de estar em Anápolis. Nosso projeto continua em vigor”, afirmou.

“Podemos trabalhar de maneira republicana para defender o interesse não só de Anápolis, mas de Goiás, do Centro Oeste e também o dos Correios”, disse o deputado federal Rubens Ottoni, representando a bancada federal goiana.

Participaram da reunião, além do presidente dos Correios o diretor de Operações, Temistocles Rodrigues de Azevedo Junior; o diretor de Negócios, Mauricio Fortes Garcia Lorenzo; e o diretor de Administração, José Rorício Aguiar de Vasconcelos.

Etapas

Conforme o divulgado pelos Correios, os investimentos da empresa no município se dividem em quatro etapas. A primeira trata da implantação do Correios Empresa, já em funcionamento na cidade.

A segunda etapa é a implantação do segundo maior centro de distribuição dos Correios no Brasil. Esta etapa deve gerar mais de 100 empregos. Ele será localizado em prédio que já foi locado e está em reformas.

A terceira etapa será a de implantação do CEINT. Já a quarta é a implantação de um terminal de cargas.

O presidente citou também investimentos dos Correios na modernização do parque logístico da estatal em Goiânia/GO, no valor de R$ 50 milhões, previsto para 2024, e que faz parte do Novo PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal.


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