Os telefones do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Goiânia voltaram a atender no início da tarde desta quinta-feira (27). O atendimento de urgência e emergência estava inoperante desde o último sábado (22), na capital. De acordo com a Prefeitura de Goiânia, a interrupção dos atendimentos se deu por conta de falhas na operadora de telefonia Oi.
Após denúncia do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), que informou que a acionaria o Ministério Público Estadual (MP-GO) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) devido a precarização do atendimento telefônico do SAMU, nesta quarta-feira (26), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia deu prazo limite até às 15h desta quinta (27) para que a empresa Oi tomasse providências.
A equipe de reportagem do Diário de Goiás ligou para o 192 por volta das 14h45 desta quinta (27) e constatou que o atendimento havia retornado, conforme previsto na negociação com a SMS. Conforme nota da Prefeitura de Goiânia, “o contrato 08/22 para prestação de serviços de telefonia entre o Município de Goiânia, representado pela Sictec, e a empresa Oi SA está regularizado, com todas as faturas pagas”, o que não justifica a interrupção do serviço.
Ainda de acordo com a SMS, a secretaria tentava, desde a última segunda-feira (24), por meio de sua advocacia setorial e gestor do contrato, resolver os problemas com a empresa Oi por meio de diversos canais de atendimento, sem sucesso. No entanto, conforme relatos da Simego, as primeiras reclamações registradas tiveram início no sábado (22), o que acarreta em dois dias de atraso na tentativa de resolução do problema de ordem de urgência.
Em nota, a Simego chegou a levantar a interrupção do atendimento do SAMU como uma “tentativa de desmonte” por parte da Prefeitura, que tinha planos de implementar a terceirização do teleatendimento. A presidente do Simego, Franscine Leão, destacou a ação como “objetivo de justificar a privatização do serviço”.
Em entrevista coletiva no lançamento da primeira plataforma do BRT Norte-Sul, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), descartou a terceirização do SAMU e afirmou que está “trabalhando para resolver a situação”. Diante do problema, autoridades goianas, como a deputada federal e pré-candidata à prefeitura Adriana Accorsi (PT), o deputado estadual Mauro Rubem (PT) e a presidente do Sindisaúde, Néia Vieira, reuniram-se com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para tratar dos problemas relacionados ao serviço, a fim de tentarem normalizar o atendimento, que anda em decadência na capital.
Confira abaixo a nota da Prefeitura de Goiânia na íntegra:
A Prefeitura de Goiânia informa que a interrupção do serviço telefônico do SAMU para os goianienses é decorrente de falhas da operadora de telefonia. Eles deram prazo até às 15h de hoje (27/6) para solucionar o problema.
Importante esclarecer que o contrato 08/22 para prestação de serviços de telefonia entre o Município de Goiânia, representado pela Sictec, e a empresa OI SA está regularizado, com todas as faturas pagas.
Desde o dia 24 de junho, a secretaria, por meio de sua advocacia setorial e gestor do contrato, tem buscado resolver os problemas com a empresa OI através de contato telefônico, email e WhatsApp, inclusive adotando medidas extrajudiciais que podem ser conferidas aqui no whatsapp.
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