Pelo menos três igrejas foram atacadas com bombas caseiras na madrugada desta terça-feira (16) no Chile.
As ações aconteceram hora após a chegada do papa Francisco à capital Santiago e acontecem em um momento que a Igreja Católica enfrenta vive uma crise de popularidade no país, causada principalmente por um escândalo de acobertamento de abusos sexuais cometidos por padres.
Com os casos desta terça, nove igrejas chilenas já registraram ataques desde a última sexta-feira (12). Não há registros de feridos nas ações.
Durante a madrugada, homens jogaram bombas em duas pequenas igrejas na comunidade de Cunco (cerca de 700 quilômetros de Santiago), na região de Araucania.
Imagens mostram as igrejas sendo tomadas pelas chamas, mas não houve feridos.
O papa irá na quarta (18) para Temuco, capital da região, para um encontro com os índios mapuche, em um dos principais momentos de sua viagem.
Grupos indígenas já foram acusados de atacar igrejas da região, mas as autoridades não apontaram os suspeitos pela ação desta terça.
Uma terceira igreja foi atacada em Puente Alto, na região metropolitana de Santiago. Um coquetel molotov foi lançado em direção à construção. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o jornal chileno “La Tercera”, foram encontrados folhetos anarquistas no local, mas a polícia não confirma a informação.
Na sexta, o país já tinha registrado outros quatro ataques. Na ocasião, promotores culparam o Movimento Juvenil Lautaro (MJL) pelas ações. O grupo de esquerda criado em 1980 fez uma série de ataques semelhantes contra alvos políticos no final de 2017.
O governo do chile foi a público no sábado (13) para garantir a segurança do papa.
Ainda não há informação oficial sobre quem seriam os responsáveis pelos ataques desta terça. (Folhapress)
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