O contrato do meia Ederson com o Flamengo foi encerrado no último sábado (30). Conforme divulgado pelo UOL Esporte, o clube comunicou ao atleta que não renovaria o compromisso. O jogador se despediu do clube através de um comunicado e revelou que fará uma pausa na carreira para tentar resolver definitivamente o problema das dores no joelho.
O Flamengo chegou a estender recentemente o vínculo por seis meses após o tratamento que o meia foi submetido contra um câncer no testículo. Ederson acabou relacionado para alguns jogos, mas não teve a oportunidade de entrar em campo.
“Primeiramente, gostaria de agradecer ao Flamengo, aos meus companheiros, à diretoria, aos funcionários do clube e à nossa imensa nação rubro-negra, por todo respeito e apoio, principalmente no momento mais difícil da minha vida. Com o fim do meu vínculo, tomei uma importante decisão para minha carreira: decidi parar para analisar e fazer um tratamento cabível, adequado e de maneira definitiva para meu joelho. Nos últimos quase dois anos, tive que treinar e jogar com muitas dores. Agradeço muito aos clubes que demonstraram interesse pelo meu futebol e que entraram em contato comigo ou com meus representantes, mas, nesse momento, preciso estar 100% antes de firmar um novo compromisso e voltar a fazer o que mais amo na vida. Boa sorte ao Flamengo, ao grupo e à Nação Rubro-negra. Estarei sempre na torcida”.
Ederson jogou pela última vez com a camisa rubro-negra em 11 de junho de 2017, em empate por 1 a 1 com o Avaí. Ele defendeu o Flamengo em 39 oportunidades e fez quatro gols. A passagem pelo clube da Gávea começou em julho de 2015 e foi repleta de problemas físicos. Em nenhum momento, o jogador se tornou o “camisa 10” esperado por dirigentes e torcedores.
A batalha contra o câncer começou no ano passado, quando a doença foi descoberta por meio de um exame antidoping. O departamento médico do Flamengo investigou até chegar ao diagnóstico. A primeira cirurgia foi realizada em 28 de julho, quando o meia teve o testículo retirado e implantou-se uma prótese.
A partir daí, foram realizadas sessões de quimioterapia até o último procedimento cirúrgico, feito no início de dezembro para a retirada de massa residual da região.
Depois de um tratamento agressivo e da descoberta de que a doença havia começado no abdômen, Ederson voltou aos treinos e foi relacionado para algumas partidas.
Antes da descoberta do câncer, o meia chegou a ficar 311 dias afastado dos gramados. Os pouco mais de dez meses em recuperação começaram com lesão causada por entrada do lateral corintiano Fagner. Na sequência, ele teve outras outras lesões e passou por uma cirurgia no joelho esquerdo em setembro de 2016.
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