Depois de faltar na convenção do partido, o deputado delegado Eduardo Prado reiterou nesta terça-feira (6) as críticas à escolha do deputado cassado Fred Rodrigues para ser o candidato do PL à Prefeitura de Goiânia. Durante a discussão e votação de projetos na sessão da Assembleia Legislativa dessa terça, ele aproveitou o espaço para externar sua insatisfação.
Ele explicou que não compareceu na convenção do PL, que lançou Fred e Leonardo Rizzo (Novo), na noite anterior, para “não haver cisão”.
O parlamentar relembrou o processo desde quando havia se lançado, colocando o ex-deputado Cleovan Siqueira como candidato a vice na chapa. “Retiramos a chapa após reunião com o senador Wilder Moraes (presidente estadual) e o presidente nacional do PL, Valdemar da costa Neto, para buscar um consenso”, recordou. Depois, citou que fez isso porque no Diretório Municipal ele só tinha três votos – “até porque não fui eu quem fiz o diretório, que é comandado pelo deputado Gustavo Gayer”, sinalizou.
Eduardo Prado diz que faltou respeito na escolha do PL
Na sequência ele apontou para sua história em Goiânia, falou sobre a família tradicional, da trajetória tanto como delegado de polícia quanto política. Ele foi vereador da Capital e deputado estadual, “o mais votado do PL em Goiânia”, citou. Por esse motivo, disse que esperava ter sido respeitado o acordo anterior onde constava que, se Gayer desistisse, o nome seria o do ex-deputado federal Major Vitor Hugo, ou o entendimento voltava à etapa inicial, com ele na cabeça da chapa, o que não ocorreu.
O deputado disse que foi sondado pela imprensa sobre a troca de Gustavo Gayer por Fred e só assim soube que o acordo estava desfeito. “Não fui informado mesmo sendo o líder do partido [na Assembleia], assim como demais deputados do PL (Major Araújo e Paulo César Martins) não tinham conhecimento, e até o coordenador político do partido”, reforçou.
Como mostrou o Diário de Goiás recentemente, o deputado demonstra mágoa com o processo porque disse ter buscado a informação internamente de várias formas e não teve retorno. Segundo comentou nesta terça, foi dito na época que o ex-presidente Jair Bolsonaro ouviu de Gustavo Gayer que o candidato seria Fred, neste momento o deputado subiu o tom e classificou a escolha de autoritária.
“Na política temos que falar de democracia, de combater ditadura, mas temos que ter diálogo e democracia dentro do próprio partido”, reclamou. E continuou no microfone da tribuna: “A meu ver, foi um desrespeito comigo e com todos os deputados estaduais”, disse.
Desejo de sucesso vem com citação a pesquisa
Mesmo assim, o parlamentar desejou êxito ao escolhido. “Desejo ao Fred que tenha sucesso nessa jornada. Não fui para a convenção para não haver cisão no partido, mas fiz uma pesquisa registrada, auditada, transparente e entreguei ao senador Wilder Moraes, mostrando a colocação do nosso nome e a diferença dos demais candidatos em um possível segundo turno com Adriana Accorsi, Sandro Mabel e Vanderlan”.
Segundo ele, a pesquisa mostra uma diferença aquém da margem de outros candidatos. “Uma diferença na margem de 4 a 6 pontos, mostrando a força que nós temos aqui na Capital. Então temos que ter liberdade, pátria, família, democracia, mas principalmente o diálogo, principalmente para um partido que leva isso para todo o Brasil.”
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