A Uber começou a exigir, nesta segunda (13), o uso do CPF para corridas pagas a dinheiro. A medida, que começa a funcionar em São Paulo, funcionará para novos usuários ou pessoas já cadastradas que não tenham utilizado o serviço ainda.
Em nota, a Uber informou que a medida, que inclui também a informação da data de nascimento, está sendo tomada por conta da “preocupação de motoristas parceiros a respeito da violência urbana, que impacta toda a comunidade e continua sendo um dos maiores desafios no Brasil”.
As informações concedidas na hora de pedir a corrida pelo aplicativo serão analisadas pelo sistema para confirmar a veracidade antes do início da corrida. Pessoas que não quiserem informar o documento só conseguirão usar o serviço se optarem por outra forma de pagamento, como o cartão de crédito.
Segundo o Uber, outras medidas de segurança vêm sendo tomadas para melhorar a segurança dos motoristas e passageiros. No ano passado, uma análise de perfis fez com que alguns perfis fossem banidos do aplicativos.
No início do mês, uma publicitária de 31 anos foi vítima de um sequestro-relâmpago ao embarcar em um carro da Uber na região do Itaim Bibi (zona oeste). Um dos bandidos já estava escondido no veículo quando ela entrou, um outro estava porta-malas e o terceiro embarcou após ela ter sido rendida.
A vítima foi obrigada a sacar R$ 700 e teve o cartão usado para fazer compras no valor de R$ 2.589 em um shopping. O motorista do aplicativo registrou um boletim de ocorrência de extorsão e relatou na delegacia que foi agredido e ficou quatro horas em poder dos criminosos.
Em janeiro, um outro motorista foi ferido por um tiro de raspão ao ser assaltado enquanto atendia um chamado na região de Pinheiros (zona oeste). Em setembro, Osvaldo Luis Modolo Filho, 51, também motorista da Uber, foi morto dentro de seu carro, na região do Sacomã (zona sul), por um casal que havia solicitado a corrida. (Folhapress)
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