12 de setembro de 2024
Brasil • atualizado em 21/10/2020 às 14:20

Após anunciar acordo, Ministério da Saúde diz que ‘não há intenção de compra de vacinas chinesas’

Secretário-executivo do MS, Élcio Franco, disse que não há intenção de compra de vacina chinesa. (Foto: Reprodução/TV Brasil)
Secretário-executivo do MS, Élcio Franco, disse que não há intenção de compra de vacina chinesa. (Foto: Reprodução/TV Brasil)

Menos de 24 horas após anunciar acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou nesta quarta-feira (21) que “não há intenção de compra de vacinas chinesas” contra a covid-19

“Não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou seu governador no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19”, disse Franco. “Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante. Não há intenção de compra de vacinas chinesas”, acrescentou o secretário.

Mais cedo nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que não compraria vacinas da China. Franco esclareceu que, com a transferência de tecnologia da Sinovac para o Butantan, o imunizante seria brasileiro.

“Houve uma interpretação equivocada da fala do Ministro da Saúde. Em momento nenhum a vacina foi aprovada pela pasta, pois qualquer vacina depende de análise técnica e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”.

Ele explicou que o anúncio de terça-feira foi de um “protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, grande parceiro do MS na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI)”.

“Mais uma iniciativa para tentar proporcionar vacina segura e eficaz para a nossa população, neste caso com uma vacina brasileira, caso fiquem disponíveis antes das outras possibilidades”, completou.

Acordo

O acordo anunciado ontem previa a aquisação de 46 milhões de doses da CoronaVac ao preço de R$ 1,9 bilhão, que viria por uma edição de medida provisória.

As vacinas, pelo cronograma apresentado, começariam a ser entregues já em janeiro. Uma carta enviada pelo ministro Eduardo Pazuello ao Instituto Butantan falava em compromisso para aquisição do imunizante, caso registrado pela Anvisa.

“Nós já fizemos uma carta em resposta ao ofício do Butantan e essa carta, ela é o compromisso da aquisição das vacinas que serão fabricadas até o início de janeiro, em torno de 46 milhões de doses. E essas vacinas servirão para nós iniciarmos a vacinação ainda em janeiro”, disse o ministro.


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