Está suspensa a greve no transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana, marcada para sexta-feira (30), em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (Sindcoletivo) na manhã de terça-feira (27), com profissionais da categoria. Após reunião na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), na tarde desta quarta-feira (28), empresas e lideranças do sindicato chegaram a um acordo para suspender a ameaça de paralisação.
O Sindcoletivo aceitou a proposta feita pelas empresas para a continuidade do serviço. Foi oferecido um reajuste de 9,5% a partir de 1º de março e mais 1,5% a partir de setembro. A sessão foi conduzida pelo Desembargador do TRT 18ª Região, Eugênio José Cesário Rosa.
“Encerradas agora as negociações e a mediação no Tribunal Regional do Trabalho entre o sindicato das empresas de ônibus e o sindicato dos trabalhadores. Depois de muita conversa, de muitas negociações, as empresas de ônibus concederam o aumento de 9,5% retroativo a 1º de março e chegando a 11% a partir de setembro até fevereiro de 2024. Essa proposta foi antecipadamente aceita pelo sindicato laboral e, dessa forma, encerraram-se as negociações relativas a 2023”, afirmou Fernando Ferreira, diretor do Sindcoletivo.
Uma nova assembleia foi convocada pelo sindicato para sexta-feira (30), às 8h30 da manhã, em frente ao Terminal Padre Pelágio. Na ocasião, os trabalhadores do transporte coletivo irão decidir se aceitam a proposta de reajuste ou se deflagram greve. De acordo com o Sindcoletivo, o acordo com as empresas só será assinado após a deliberação da categoria.
Acordo maduro e concessões
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET) afirmou que empresas e trabalhadores fizeram concessões, no que chamou de “acordo maduro” para manter a prestação de serviço na Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC).
“O resultado final foi positivo para todos, especialmente para a população de Goiânia e das cidades que compõem a região metropolitana, para que não houvesse paralisação de serviço. O que se buscou tanto por parte do sindicato das empresas como pelo sindicato dos trabalhadores foi uma solução que evitasse a paralisação do serviço, tendo em vista que é extremamente penoso não só para quem é o usuário do transporte mas para toda a população. Esse foi o foco e entendo que todo mundo saiu contente dessa negociação na medida em que a gente conseguiu que não houvesse essa paralisação”, afirmou Adriano Oliveira, presidente do SET.
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