07 de agosto de 2024
Desrespeito • atualizado em 08/07/2022 às 07:06

Apoiadores de Bolsonaro jogam fezes e ovos em carro de juiz que decretou prisão de Milton Ribeiro

No momento do ataque o próprio juiz é quem dirigia o carro quando saía do trabalho
O juiz denunciou ser alvo de ameaças desde junho, depois que pediu a prisão do ex-ministro da Educação e de dois pastores. (Foto: divulgação)
O juiz denunciou ser alvo de ameaças desde junho, depois que pediu a prisão do ex-ministro da Educação e de dois pastores. (Foto: divulgação)

O juiz federal Renato Borelli, responsável por decretar a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e outros dois pastores em junho, foi alvo de um ataque nesta quinta-feira (7), quando seu carro foi atingido por fezes de animais, ovos e terra, em Brasília. A investida ocorreu enquanto Borelli saía do trabalho em direção a sua casa e, mesmo com a visibilidade prejudicada, ele conseguiu seguir até um local seguro.

Apesar de ser o primeiro tipo de agressão do tipo, o juiz afirmou, porém que é alvo de ameaças de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro desde junho, depois de decretar as prisões citadas acima. Por conta disso, Borelli relatou ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

Na redes sociais, a reportagem confirmou que ataques verbais contra o juiz são recorrentes. Muitos internautas acusam o juiz de ser parcial ou, até mesmo, de ser petista. Confira:

https://twitter.com/BolsoPatriota22/status/1539763232549765120
https://twitter.com/Marcc71157791/status/1540065951609245698

Além de autorizar a Operação Acesso Pago, da PF (Polícia Federal), que prendeu Milton Ribeiro e outros quatro, em junho, por suspeitas de corrupção no Ministério da Educação, Renato Borelli também foi o juiz que determinou que Jair Bolsonaro fosse obrigado a usar máscara em espaços públicos de Brasília em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia.

Apesar disso, Borelli também já decidiu contra políticos de diferentes partidos, determinou que o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), ressarcisse os cofres públicos em R$ 11 milhões no caso do Mensalão, além de ter bloqueou os bens do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) e ordenado que o ex-deputado Rocha Loures (MDB-PR) devolvesse salários recebidos.


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