O prefeito de Pirenópolis, João do Léo (DEM), afirmou que a cidade ainda não tem previsão de reabertura do setor de turismo. A fala do administrador, em entrevista ao Diário de Goiás, contraria a informação do secretário de Saúde municipal, Junio Capela, que havia dito que, dependendo da comportamento da epidemia, a cidade poderia começar a retomar as atividades gradualmente e cumprindo protocolos sanitários rigorosos a partir de julho.
“Estamos trabalhando para ter mais segurança em Pirenópolis. Nós temos um percentual alto de turistas. Se não tivermos nenhuma segurança, a cidade não será aberta para o turismo. A cidade precisa estar segura não só para os pirenopolinos, mas para todos que aqui venham”, argumentou.
O turismo, conforme o prefeito, corresponde a 80% da renda per capita da cidade. Pirenópolis estaria sofrendo, nas palavras de João do Léo, um “nocaute financeiro”. Por isso, ele tem mantido diálogo com o segmento do turismo para atenuar os prejuízos. “Estamos trabalhando com os atrativos e as pousadas, buscando compreensão e nos planejando para abrir em um futuro próximo, mas não podemos dar um prazo”, disse.
A queda da arrecadação obrigou a administração a promover uma engenharia financeira a fim de suportar o impacto da crise. Salários do prefeito e do secretariado sofreram cortes. Mesmo assim, João do Léo contou que não conseguiu arcar com a parcela de abril 13º salário em dia.
Com exceção do setor de turismo, incluindo bares e restaurantes, o restante do comércio está em funcionamento em Pirenópolis, mantendo uma receita mínima. “Tentamos levar a vida interna. Eu falo que hoje, Pirenópolis está com receita da década de 80, antes de surgir o turismo na cidade”, contou o prefeito.
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