07 de agosto de 2024
Mundo

Apesar de perda da Câmara, Trump vê ‘sucesso tremendo’ em eleições legislativas

Donald Trump. (Foto: Boris Baldinger/Fotos Públicas)
Donald Trump. (Foto: Boris Baldinger/Fotos Públicas)

O presidente americano, Donald Trump, considerou o resultado das eleições de meio mandato presidencial -as midterms- um “tremendo sucesso”, após os republicanos ampliarem o controle do Senado, apesar de terem perdido a maioria na Câmara dos Deputados.

“Tremendo sucesso esta noite. Obrigado a todos!”, escreveu Trump em uma rede social.

Até o momento, os democratas conquistaram 219 assentos na Câmara, ou 26 a mais do que tinham até a eleição -o partido precisava de 23 para assegurar maioria na Casa.

No Senado, porém, os republicanos têm, até o momento, 51 cadeiras, mas conquistaram algumas que pertenciam ao partido adversário.

Tradicionalmente, o partido do presidente perde assentos no Congresso nas eleições de meio de mandato presidencial, que funcionam como uma espécie de referendo sobre o governo.

Em 2010, o democrata Barack Obama perdeu a Câmara para os republicanos, movimento ampliado em 2014, quando os democratas perderam o Senado.

Trump citou ainda Ben Stein, autor do livro “The Capitalist Code: It Can Save Your Life and Make You Very Rich” (“O Código Capitalista: Pode salvar sua vida e torná-lo rico”, em tradução literal).

Em frases destacadas pelo presidente, o autor diz que só houve cinco vezes nos últimos 105 anos em que um presidente no poder conquistou assentos no Senado em anos que não têm eleições presidenciais.

Stein diz que Trump tem mágica ao redor dele. “Esse cara tem mágica saindo dos ouvidos”, afirma o autor, que qualifica o presidente como um cabo eleitoral “espantoso”.

“Os republicanos têm uma sorte incrível de tê-lo e eu fico impressionado em ver quão bem eles foram. É tudo a magia de Trump -Trump é um homem mágico”, escreve Stein. “Incrível, ele tem toda a imprensa contra ele, atacando-o todo dia, e ele consegue essas vitórias enormes.”

O presidente ficou em silêncio durante a maior parte da noite eleitoral, assistindo os republicanos conquistarem no Missouri, Indiana e Dakota do Norte assentos no Senado que pertenciam a democratas. A expectativa é que a vantagem do partido na Casa cresça nas próximas horas –ainda falta computar alguns resultados.

Beto O’Rourke, que arrecadou grandes somas de doações individuais e fez uma campanha que prometia sintetizar o poder democrata nas midterms, perdeu a disputa no Senado para o republicano Ted Cruz, que conseguiu se reeleger pelo Texas.

Adversário pela candidatura republicana em 2016, Trump subiu no palanque ao lado de Cruz e pode ter ajudado o senador a manter o assento.

De maneira geral, os republicanos tiveram forte desempenho em estados onde o presidente fez campanha nas últimas semanas, o que mostra que, apesar dos baixos índices de aprovação, ele permanece uma força política expressiva entre os conservadores.

Na Câmara, a nova maioria democrata pode dar ao partido o poder de iniciar procedimentos de impeachment contra Trump, caso haja, por exemplo, base sólida a partir das investigações do procurador especial, Robert Mueller, sobre a ligação do presidente com a Rússia.

A maioria republicana no Senado, porém, torna pouco provável que se obtenha a maioria de dois terços necessária para tirar o presidente do cargo.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, minimizou a vitória democrata na Câmara. “Você você ter uma marola, mas certamente não acho que há uma onda azul”, disse a secretária de imprensa, lembrando as vitórias republicanas.

Ela disse ainda que a força demonstrada pelos republicanos ao manterem o comando do Senado era uma “vitória imensa” do presidente.

Trump ligou para Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara, para parabenizá-la, em um aceno aos apelos por bipartidarismo que ela havia feito durante a campanha eleitoral.

Ele também ligou para Mitch McConnell, líder republicano no Senado, para Paul Ryan, presidente da Câmara com quem Trump recentemente vinha tendo rusgas públicas, e para Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado. (Folhapress) 

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