13 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 10/01/2022 às 18:24

Apesar de letalidade mais baixa, covid já matou 40 crianças de até 10 anos em Goiás

Uma nova variante do coronavírus pode ser mais efetiva em contaminar crianças
Uma nova variante do coronavírus pode ser mais efetiva em contaminar crianças

Contrários à vacinação das crianças contra a covid-19 argumentam que a baixa letalidade na faixa etária de 5 a 11 anos não justificaria a imunização. Em Goiás, como no Brasil, de fato a taxa de mortalidade é menor. Todavia, há, durante o período pandêmico, 40 mortes já confirmadas de crianças no estado.

Esses óbitos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), foram confirmados entre menores de 10 anos de idade. Há ainda 15 mortes entre 10 e 14 anos. A pasta não tem estratificação entre 5 e 11 anos, faixa para a qual houve aprovação recente da vacinação.

Goiás tem, até hoje, 34.503 casos de covid-19 confirmados em menores de 10 anos. Portanto, a letalidade é de 0,1%. Essa mesma taxa se repete na faixa etária de 20 a 29 anos e é menor entre adolescentes de 15 a 19 anos (0,07%).

Especialistas apontam que, além de salvar vidas infantis, a vacina contra a covid-19 para crianças também pode evitar o contágio de pessoas mais vulneráveis. Muitos dos pequenos convivem com professores com comorbidades, avós e pessoas mais velhas. Nesses grupos, a letalidade é alarmante. Na faixa entre 60 e 69 anos, por exemplo, quase 8% dos que tiveram covid-19 morreram. Entre aqueles com 80 anos ou mais, a mortalidade é de 26,1%.

Infectologistas apontam que a imunização das crianças é importante não só para protegê-las, mas também para aumentar a cobertura vacinal da população e proteger os mais vulneráveis que têm contato com os pequenos. A infectologista pediátrica, Letícia Aires, ressalta ainda a segurança e eficácia do imunizante.

“A vacina está aprovada e há segurança. A vacina da covid foi aprovada pela Anvisa, já foram aplicadas milhões de doses em crianças dessa vacina em outros países. É uma vacina segura e foi colocada no PNI”, disse.

A SES-GO informou ainda que, em virtude do ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde, as notificações foram prejudicadas. Portanto, o dado está incompleto, uma vez que há registros ainda sendo feitos e não consolidados.


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