16 de dezembro de 2024
Eleições 2026

Apesar da popularidade de Caiado em Goiás, Tarcísio ainda é favorecido sucessor de Bolsonaro

Não há como comparar o eleitorado de São Paulo com o de Goiás, pela diferença na quantidade de pessoas
Governador Ronaldo Caiado durante abertura do XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, em Goiânia. (Foto: Andre Saddi)
Governador Ronaldo Caiado durante abertura do XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, em Goiânia. (Foto: Andre Saddi)

No dia seguinte após a divulgação da pesquisa da Genial/Quaest mostrar que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), tem a aprovação de 86% dos goianos, ainda há quem diga que ele pode ser posto de lado pela direita em 2026. Isso por que, mesmo sendo o mais bem avaliado, considerando os chefes do Executivo do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que também concorrem à indicação ao posto de sucessor de Jair Bolsonaro, Tarcísio pode ser o grande favorecido.

A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Bruno Boghossian, da Folha de S.Paulo. De acordo com Boghossian, a disputa pela sucessão de Bolsonaro ainda favorece Tarcísio, pois o governador de SP, “além de expor sua imagem diariamente no estado mais populoso do país, mantendo números razoáveis de popularidade, o governador paulista é, dos quatro desafiantes à direita, aquele que mais se esforça para propagandear sua identificação com as bandeiras do padrinho”.

Realmente não há como comparar o eleitorado de São Paulo com o de Goiás, mesmo com os 86% de aprovação do governo de Goiás, por meio da gestão de Ronaldo Caiado, o que seriam cerca de 6 milhões de goianos em números totais, a aprovação de Tarcísio de Freitas é de 62%, o que representariam, de forma aproximada, considerando a pesquisa, mais de 27 milhões de pessoas. Ou seja, o governador de SP teria mais de quatro vezes o número de pessoas que o aprovam.

Além disso, como reforçado por Bruno na Folha, popularidade e aprovação usando os estados como vitrine não significa muita coisa. Como exemplo, ele lembrou do de Fernando Collor do governo de Alagoas para o Planalto em 1989 e que, depois dele, nunca mais houve “vida fácil a governadores e ex-governadores que buscavam uma promoção”.

Prova disso foram Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, José Serra, Anthony Garotinho, Aécio Neves e tantos outros que nunca conseguiram se eleger, enquanto Lula, que nunca foi governador, se candidatou presidente por três vezes e conseguiu ajudar Dilma Rousseff, que também nunca havia sido governadora, a se eleger outras duas vezes.


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