A Secretária Municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, esteve na manhã desta sexta-feira (9) na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores, que investiga supostas irregularidades, no sistema de saúde da capital goiana para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento do sistema.
Fátima Mrué foi duramente criticada por integrantes da CEI, como os vereadores Elias Vaz (PSB), Jorge Kajuru (PRP), Dra. Cristina (PSDB) e Clécio Alves (MDB), que a chamaram de incompetente e incapacitada de gerir a Secretaria da Saúde. Ainda assim, durante toda a sessão, a titular da pasta manteve seu posicionamento e destacou que acredita nas melhoras da saúde da capital, e que atende aos anseios do prefeito Iris Rezende (MDB).
“A senhora está certa e todos aqui estão errados? Mesmo com tantas situações, a senhora acha que está tudo bem?”, disse o vereador Clécio Alves, que propôs um desafio a secretária. De acordo com ele, os integrantes da CEI poderiam escolher duas unidades de saúde e se, ao chegassem no local estivesse tudo certo, ele renunciaria do cargo.
“Estou no meu 5° mandato de vereador e eu nunca vi uma gestão tão desqualificada e maligna como essa, essa secretária tratas os pacientes como se fossem cachorros”, reforçou Clécio.
Já a secretária declarou que se sente hostilizada pelos integrantes da CEI, que eles a tratam mal, não gostam da presença dela como titular da pasta da saúde, mas afirmou que espera um futuro melhor.
Esclarecimentos
Questionada sobre o atendimento pediátrico na capital, que, segundo a vereadora Priscila Tejota (PSD) por vezes tem apenas dois profissionais para atender toda cidade, Fátima Mrué declarou que existe uma carência nacional de médicos dessa área e afirmou que em Goiânia há uma rede ambulatorial imensa, com cerca de 23 centros de atendimento.
Sobre as ambulâncias, Fátima Mrué afirmou que as irregularidades terão as punições devidas e se as acusações forem confirmadas o contrato deve ser cancelado. O vereador Elias Vaz declarou que, para ele, está claro que os veículos não foram substituídos por incompetência administrativa. “Com cinco anos as ambulâncias podem ser trocadas, os veículos de Goiânia têm cerca de oito anos e não foram substituídos por problemas burocráticos”, ressaltou o vereador.
Outro ponto bastante discutido durante a reunião da CEI foi o pagamento de mestrado para duas servidoras da SMS, concursadas em nível fundamental e médio. De acordo com a secretária, o Ministério Público não fez uma notificação para que o pagamento fosse suspenso e sim, uma recomendação. Segundo Fátima Mrué, como a pasta não vê irregularidades na medida, o posicionamento foi mantido. “A verba não pode ser utilizada para medicamentos, ela é destinada à educação em saúde, lamento que vocês não entendam a importância da valorização do servidor”, disse ela.
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