Mesmo com a inflação em alta, além dos preços salgados, a liberação das festividades após diminuição dos casos de Covid-19 prometem aumentar os planos para festas e comemorações em família, em 2022, entre eles o Dia das Mães. De acordo com pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes e Logistas (CDL) de Goiânia, 77% dos entrevistados querem presentear suas mães. O levantamento foi publicado nesta segunda-feira (25/04).
Para o presidente da CDL, Geovar Pereira, o cenário se mostra favorável para o comércio, após dois anos de vendas fracas por conta da pandemia. “O lojista deve aproveitar a onda para oferecer bons preços, facilidade de pagamento e diversificar a disponibilidade dos produtos porque, apesar do otimismo, o consumidor está em busca de economia e boas oportunidades de negócios, principalmente para tentar driblar um pouco da inflação”, afirma.
Desde a decretação da pandemia do novo coronavírus, em 2020, a economia foi bastante prejudicada por conta do fechamento do comércio como medida para contenção do contágio. Apesar de um abrandamento na crise sanitária e o cenário econômico começando a caminhar para melhorias, muitas pessoas ainda sentem os reflexos dos danos sofridos anteriormente.
É o caso de Vitória Maria dos Santos, 21 anos, que perdeu o emprego nesse período. “Chegamos a um momento de preços bem elevados e, pelo menos no meu caso, eu acabei ficando desempregada. Então em comparação com os outros anos o presente será mais simples, mas vai ser de coração. Acho que no fim das contas isso é o que importa”, pontua.
Cerca de 5,63% dos participantes afirmaram que as promoções são o grande atrativo na hora da compra. Muitos planejaram para aproveitar a queda dos preços, mais próximo da data, ao sentir diferenças significativas nos valores esse ano. Maria Paula Moreira, 20 anos, relata: “Anteriormente conseguia agilizar o presente antes do dia das mães, agora vou aguardar o próximo para ver as promoções”.
Ao todo, 85% dos entrevistados declararam que vão pesquisar preços antes de decidir a compra e 40,84% dos participantes disseram focar na pesquisa por presentes que tenham um melhor preço. É o que fez Maria Fernanda Ribeiro, 20 anos, que optou por dar um presente mais em conta em relação aos últimos anos. “A maioria das opções que pesquisei não cabiam no meu orçamento, minha mãe vai ganhar um presente mais modesto esse ano”, conta.
Entre os presentes mais citados nas intenções de compra estão: roupas e calçados (52,11%), perfumes e cosméticos (38,02%), relógios e acessórios (11,26%), jóias e serviços de spa ou restaurantes (8,45%) e celulares (2,81%).
Comparando com os dados dos anos anteriores e a situação financeira atual, a maior parte das pessoas entrevistadas, 44%, disseram que vão investir o mesmo valor no presente que no ano passado, outros 30% pretendem gastar menos e 16% ainda não se decidiram.
Os números apontam que a crise não interferirá na demonstração de afeto comum aos brasileiros, que é o ato de presentear. “A crise com certeza atrapalha e pesa um pouco o bolso, né? Mas vale a pena para ver quem a gente ama feliz”, pontua Gabriella Camilly de Paiva Lima, 19 anos.
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