18 de novembro de 2024
Cidades

Apenas 58% das crianças foram vacinadas contra Influenza, em Goiás

Gerente alerta para que população procure unidades de Saúde (Foto: Samuel Straioto)
Gerente alerta para que população procure unidades de Saúde (Foto: Samuel Straioto)

Foi prorrogado até o dia 9 de junho, o período de vacinação contra a Influenza. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-Goiás), apenas 47 de um total de 246 municípios, ou seja, apenas 19% atingiram a cobertura geral e conseguiram imunizar 90% do público alvo para a campanha. A maior preocupação é quanto a crianças de 6 meses a 2 anos. Apenas 58,36% desta população foi protegida contra a Influenza.

A gerente de imunização e Rede de Frios, Clécia Vecci, explicou que no geral apenas 72,82% de 90% da população dos grupos prioritários que são: Crianças de 6 meses a 2 anos, Trabalhadores da Saúde, Gestantes, Puérperas, Indígenas, Idosos e Professores, foram vacinados contra a Influenza até a data que a campanha estava prevista para ser encerrada, nesta sexta-feira (26).

Clécia Vecci explicou que existem algumas razões que as pessoas não foram se vacinar. Ela reforçou que a vacina é segura e que pode evitar que o cidadão contraia ou no mínimo tenha complicações da Influenza.

“São várias as razões, por exemplo, movimentos contra a vacina, tabus relacionados a vacina, que provocam doenças e a desinformação relacionada a vacina. Estamos chegando ao inverno onde há mais complicações respiratórias e há risco do aumento no número de óbitos pela Influenza. A vacina é segura. Quem não pode tomar é somente quem tem alergia a algum componente da vacina ou a ovo”, explicou.

Grupos Prioritário                                                           Cobertura Vacinal

Crianças de 6 meses a 2 anos                                               58,36%

Trabalhadores da Saúde                                                       75,41%

Gestantes                                                                                60,42%

Puérperas                                                                               78,03%

Indígenas                                                                               90,63%

Idosos                                                                                      82,7%

Professores                                                                           73,92%

Total                                                                                      72,82%

 

Recomendações

A Secretaria Estadual de Saúde recomenda que os municípios adotem estratégias diferentes no período de prorrogação da campanha. “A orientação que a gente está repassando para os municípios é que neste momento que chamamos a população para as salas de vacina, continuamos com os postos abertos e que os Municípios procurem os grupos, principalmente crianças e gestantes que tem um número muito baixo de vacinados”, destacou Clécia Vecci.

Baixa vacinação

Clécia Vecci chamou atenção para 21 municípios que estão com cobertura abaixo de 50%. “Isso nos preocupa muito, pois já foi enviado para os locais 100% das vacinas”, ressaltou a gerente de imunização.

Em Aruanã, apenas 36,6% da população de risco foi vacinada e em Santa Rita do Novo Destino 37,87%. As duas cidades apresentam os piores números de Goiás. O melhor índice é em Panamá, no sul do estado, 135,77%. Hidrolândia também apresenta bom resultado: 111%. Goiânia ficou abaixo do necessário, apenas 76%, quando o mínimo deve ser de 90%.

Casos

De janeiro a maio de 2017 foram registrados 48 casos de Influenza em todo o estado. 13 mortes pela doença foram confirmadas pelas autoridades de Saúde durante o período. Outros casos estão sendo investigados.

Segundo a Coordenadora das Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde, Gláucia Gama Ayres, dos 13 óbitos, 9 foram originados do vírus H3N2 e 4 da Influenza B. Isso quer dizer que outros vírus além do H1N1, outros estão em circulação e podem levar a pessoa até a morte, por isso, a necessidade de se proteger contra a doença e tomar a vacina.

“Esse ano o predomínio é do vírus H3N2 e da Influenza B. Tivemos 48 casos notificados e 13 óbitos. Este ano tivemos apenas um caso de H1N1. A vacina previne contra os três tipos de vírus. 70% dos óbitos ocorreram em pessoas que fazem parte do grupo de risco”, explicou Gláucia.


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