A Secretaria de Educação de Goiás (Seduc) informou neste domingo (19) que apenas 32% dos 91 mil alunos contemplados com R$ 150 do auxílio alimentação concedido pelo governo estadual sacaram o benefício. Os dados se referem até o fim da semana passada.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, a secretária Fátima Gavioli lembrou que o valor é referente a duas quinzenas de suspensão de aulas e lamentou que a maioria dos responsáveis pelos estudantes ainda não tenham retirado o auxílio. O benefício foi depositado no dia 8 de abril, conforme a Seduc.
“Preciso que essas famílias se dirijam às casas lotéricas com toda segurança, usando máscaras, mantendo a distância segura, mas precisam ir sacar. Consegue-se sacar com o CPF, tanto nas lotéricas como na Caixa”, destacou Gavioli.
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Houve muitas reclamações de pais de alunos que requisitaram o benefício. A Seduc registrou mais de 5 mil requisições pela ouvidoria da pasta. A secretária explica que o auxílio foi concedido apenas a estudantes da rede estadual, em condição de vulnerabilidade. A rede tem 535 mil alunos, mas apenas 91 mil se encaixavam nos padrões. Para receber, é preciso estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e no Bolsa Família.
“Algumas das reclamações são de pais de alunos da rede particular, como das escolas conveniadas, outras de escolas municipais e outros que perderam o Bolsa Família. Todos (os pedidos) foram encaminhados à Secretaria de Desenvolvimento Social, que fará a análise para ver que se enquadra”, explicou.
Aulas presenciais suspensas
As aulas presenciais seguem suspensas em Goiás, mas a rede estadual, assim como vários municípios e instituições privadas, tem adotado a educação a distância. Segundo Gavioli, as aulas em ambiente virtual começaram três dias após a determinação da suspensão das atividades presenciais, entre 16 e 18 de março.
“O Conselho Estadual de Educação de Goiás expediu uma resolução para considerar o período da pandemia que foi trabalhado com aulas não presenciais como dias letivas. Para isso, tem que ter interação e integração entre professor e aluno”, disse.
Para estudantes que não têm acesso à internet, a secretária explicou que é disponibilizada uma apostila, confeccionada pelo professor, ao aluno. O estudante recebe em casa os livros, com lições e atividades. O transporte é feito pela Seduc.
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