19 de dezembro de 2024
Aparecida de Goiânia • atualizado em 13/02/2020 às 00:52

Apenas 11 seguranças estavam de plantão no momento da rebelião na POG

(Foto: Rackel Vieira - Diário de Goiás)
(Foto: Rackel Vieira - Diário de Goiás)

A briga entre prisioneiros das alas A, B e C da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), localizada em Aparecida de Goiânia, que resultou na morte de pelo menos quatro detentos e ferimento de outros 35, poderia ter sido evitada se os agentes de segurança tivessem mais condições para trabalhar, disse o presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás (Aspego), Jorimar Bastos.

Ele explica que no momento da confusão, apenas 11 servidores estavam de plantão no universo de 1,8 mil presos. “É uma situação que poderia acontecer há bastante tempo, por falta de condições de trabalho e poucos agentes para operar. Então é difícil de controlar.  Tem o concurso público aí precisando chamar o pessoal para trabalhar e eles não chamam” disse o presidente da Aspego.

A briga iniciou por volta das 10h da manhã desta quinta-feira (23), e foi controlada por volta das 15h. Os agentes do Sistema Prisional tiveram apoio da Tropa de Choque e Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar para controlar a situação. “A dificuldade é o próprio risco, como houve disparos de armas de fogos, e a gente percebeu que tinham armas na posse dos detentos dentro do presídio, e por conta desse risco, a gente acionou a Força de Segurança Pública que interviu na hora exata” destacou Jorimar.

Na porta do Complexo Prisional, familiares dos detentos aguardam por notícias. Mas segundo o presidente da Associação, até o momento, os detentos atingidos ainda não foram identificados “A gente entende que a situação, dos familiares que aqui estão e dos presos lá dentro, é degradante. Então é preciso que se tome uma postura. Confiamos que o governador vai tomar uma postura depois desse acontecimento porque ele é um cara sério, e precisa de estrutura para isso mudar” frisou Jorimar.

O presidente da Associação explica que neste momento a situação esta sob controle. “Não corre mais riscos iminentes de algum tipo de confronto, mais a gente tem que manter os níveis de segurança em alerta para haver controle total da situação para retornar os presos na cela e voltar a rotina”, finalizou o presidente.

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