O Atlético-GO recebeu o Palmeiras no estádio Olímpico neste domingo (15), em jogo válido pela 28ª rodada do campeonato brasileiro da série A, e mais uma vez acabou perdendo em casa.
A derrota por 3 a 1 para o Palmeiras foi a oitava dos 16 jogos disputados em Goiânia, o equivalente a 50% de aproveitamento jogando em casa. Diferente de como a equipe vem atuando fora de seus domínios, o Atlético pouco criou para quem necessitava da vitória com o objetivo de sair da lanterna.
Já o Palmeiras, em seu primeiro confronto sem o comando de Cuca, que se afastou do elenco na sexta-feira (13), impôs o seu ritmo do começo ao fim dos 90 minutos. Não deu chance alguma para o clube goiano, ditando o ritmo de jogo. Letal, o atacante Keno foi o nome da partida. Keno surgiu como novidade na escalação do técnico interino Alberto Valentin, e deu assistência para os três gols Palmeirenses.
O JOGO
A disputa entre Atlético-GO e Palmeiras começou a todo vapor. Com o Palmeiras se arriscando o tempo todo ao ataque, quem deu o primeiro susto foi o Atlético. Jonathan avançou pela direita e bateu forte de fora da área, obrigando Fernando Prass a fazer uma bela defesa.
Sempre com jogadas pela direita, não demorou muito para nascer o primeiro gol palmeirense. Keno recebeu bola em profundidade, tirou a marcação e rolou para Willian abrir o placar. Os jogadores do Atlético reclamaram falta de Dudu sobre o lateral direito Jonathan. O árbitro não viu, mas o capitão palmeirense assumiu a infração.
“Não sei se fiz falta. Desloquei ali. Se a arbitragem não viu, a gente não pode fazer nada. Mas teve um deslocamento, sim”, disse o camisa sete do Palmeiras, ao término da partida.
O Atlético teve a chance do empate nos pés de Andrigo. O Atacante invadiu a área pela direta e, de frente com Fernando Prass, bateu para defesa do goleiro.
E já diz o ditado: “quem não faz, leva”. O segundo gol palestrino começou com Keno ainda no campo de defesa. O atacante fez bela jogada pela direita, e em seguida impôs velocidade. Ao chegar à área, passou pela marcação e, com um passe incrementado, deixou Moisés livre para estufar a rede do goleiro Marcos.
ETAPA FINAL
No início da segunda etapa aconteceu o terceiro gol do Palmeiras. Em um magistral drible de corpo, o atacante Willian, em velocidade pelo lado esquerdo, fez com que o zagueiro Gilvan sequer percebesse a bola passar por baixo de suas pernas.
O camisa 29 palmeirense avançou, viu Keno se infiltrar por trás da zaga rubro-negra, e deu lindo passe. O atacante agradeceu e cruzou na medida para Dudu mergulhar de cabeça.
O Atlético ainda diminuiu o placar. Andrigo viu Jorginho invadir a área e deu um passe de calcanhar. Mayke, lateral direito do Palmeiras, chegou forte e derrubou o camisa 10 do Atlético. O árbitro marcou pênalti.
Walter foi para a cobrança e, no grande estilo “cavadinha”, marcou um golaço. Fernando Prass para um lado e, mansamente, a bola descaída no meio do gol.
Para piorar a situação do Atlético, aos 35 minutos da etapa final, o zagueiro Willian Alves fez falta violenta em Thiago Santos na entrada da área. Como já tinha um cartão amarelo, recebeu o vermelho e deixou o Atlético com um jogador a menos. E assim chegou ao fim a partida.
O resultado final não foi o esperado pela diretoria e comissão técnica, e ao término do jogo, João Paulo Sanches, técnico do Atlético, tentou explicar o porquê da apatia de seu time durante os 90 minutos contra o Palmeiras.
“O Atlético perdeu o jogo de hoje porque ele não se aproximou da perfeição. Nós sabíamos que somente assim nós teríamos condições de bater o Palmeiras, pela sua grandeza, pela sua qualidade individual e também coletiva, e hoje nós não fomos nós, muito aquém, e por isso essa derrota”, disse o técnico atleticano.
TUMULTO
A partida entre Atlético e Palmeiras foi marcada por tumulto causado no momento da entrada de torcedores de ambas as equipes no estádio Olímpico. Não havia ingressos disponíveis nas bilheterias do estádio, e quem não conseguiu comprar o seu bilhete acabou sendo vitima de cambistas, ou se viu obrigado a voltar pra casa, como foi o caso de Rodolfo Carvalho, torcedor do Atlético.
“É muito difícil. Acabei de sair do estádio. Cheguei 1h antes e não encontrei ingressos. Só havia ingresso na mão de cambistas e eles estavam pedindo R$100 no bilhete de meia entrada. Aí não dá. Estou indo embora”, disse o engenheiro ambiental.
INUSITADO
Um torcedor, não se sabe como, conseguiu entrar no estádio Olímpico trazendo nos braços o personagem principal do mascote oficial do Palmeiras: o porco. Lúcio Nunes, que também é torcedor do Anápolis, tem o costume de levar seu galo de estimação quando o clube de coração atua no estádio Jonas Duarte. Desta vez, resolveu homenagear o Palmeiras trazendo o porco, e ficou durante os 90 minutos, em meio a torcida do Palmeiras, carregando nos braços o animal.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 1X3 PALMEIRAS
ATLÉTICO-GO: Marcos; Jonathan, Gilvan, William Alves e Bruno Pacheco; Ronaldo (André Castro), Paulinho, Andrigo, Jorginho (Eduardo) e Luiz Fernando (Niltinho); Walter
Técnico: João Paulo Sanches
PALMEIRAS: Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena, Juninho e Egídio; Bruno Henrique, Tchê Tchê e Moisés (Thiago Santos); Keno (Erik), Dudu e Willian (Borja)
Técnico: Alberto Valentim
Local: Estádio Olímpico, Goiânia-GO
Data: 15/10/2017, domingo
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR)
Assistentes: Rafael Trombeta (PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
Público Pagante: 11.881
Público Presente: 12.619
Renda: R$380.450,00
Cartões amarelos: William Alves e Gilvan (ACG); Dudu (PAL)
Cartão vermelho: William Alves (ACG)
Gols do Palmeiras: Willian, aos 20 minutos, Moisés, aos 43 minutos do primeiro tempo, e Dudu, aos 14 minutos do segundo tempo
Gol do Atlético-GO: Walter, aos 31 minutos do segundo tempo
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