30 de dezembro de 2024
Covid-19

Aparecida identifica duas novas sublinhagens da ômicron

A primeira cidade do Centro-Oeste a identificar as duas sublinhagens BA.4 e BA.5, com 10 casos registrados no Brasil
O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida já realizou 500.369 testes RT-PCR para diagnóstico da covid-19 e já sequenciou 2.637 amostras. Foto: Claudivino Antunes
O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida já realizou 500.369 testes RT-PCR para diagnóstico da covid-19 e já sequenciou 2.637 amostras. Foto: Claudivino Antunes

O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia identificou nesta segunda-feira, 23 de maio, duas novas sublinhagens da ômicron em circulação no município: a BA.4 e a BA.5. Esses são os primeiros registros dessas variantes em todo o Centro-Oeste.

De acordo com a plataforma internacional Gisaid, entidade com banco de dados sobre genomas de vírus, até a manhã desta terça, 24, em todo o mundo foram identificados 2.371 casos de BA.4. No Brasil, até o momento, existe registro de 3, sendo 2 identificados em Aparecida de Goiânia. A respeito da BA.5 o Gisaid já registrou 2 mil casos no mundo, sendo 7 identificados no Brasil, sendo 1 caso em Aparecida. Essas sublinhagens ainda estão sendo estudadas.

“Neste ano, a variante ômicron foi a que predominou em Aparecida. 100% das amostras sequenciadas pelo nosso programa em 2022 são referentes a ela. Agora, observamos o surgimento dessas sublinhagens, que já foram relacionadas ao aumento de casos de covid-19 em outros locais. Contudo, ainda não se pode falar em crescimento de hospitalizações e óbitos. Não é possível nem afirmar que a BA.4 e a BA.5 vão predominar em Aparecida. De qualquer forma, seguimos monitorando. Por enquanto, uma orientação permanece: testagem e vacinação”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Casos em Aparecida

Os dois casos de BA.4 registrados em Aparecida, correspondem a um casal que mora junto e segue em isolamento domiciliar. A mulher, de 38 anos, testou positivo para a covid-19 em 16 de maio e o homem, de 39 anos, foi diagnosticado no dia 17. Ambos apresentaram sintomas característicos como tosse seca, dor de cabeça e mialgia.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Ribeiro, o casal já estava vacinado com três doses e não precisaram de internação. Até o momento, não houve transmissão intradomiciliar para nenhuma outra pessoa que reside na casa.

Sobre o caso da BA.5, a superintendente explica que trata-se de um homem, de 20 anos, que também está em isolamento domiciliar: “Ele testou positivo no dia 16 de maio, apresentando sintomas como dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. Segue estável, sem queixas”. Segundo a gestora, ele está vacinado com duas doses.

Como não foi possível identificar a origem da contaminação nesses três casos, a gestora alega que pode-se afirmar que já existe transmissão comunitária dessas sub-linhagens no município.


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